Educação e saúde: O que apontam os dados do IDEB?

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O que leva um país a ter uma educação de excelência reconhecida como de alto padrão?. Talvez possamos aprender com a Finlândia. O país se mantém entre os primeiros colocados, nas três áreas avaliadas (leitura, matemática e ciências), alcançando resultados significativamente acima das médias da OCDE.

 As reformas que levaram ao sucesso educacional finlandês recente foram implementadas ao longo de quatro décadas, a partir dos anos 1960. Paralelamente, durante o mesmo período, a Finlândia experimentou mudanças sociais e econômicas de monta, transformando-se em uma das sociedades mais avançadas do mundo em termos de bem-estar social, competitividade econômica e inovação tecnológica. A peça-chave nesse processo de reforma foi à construção de um novo currículo básico nacional, somado ao reconhecimento do corpo docente, que também é altamente qualificado.

E no Brasil, qual o cenário da educação, como estamos conduzindo a formação de nossas crianças, adolescentes, jovens e adultos. Que desafios ainda precisamos enfrentar e quais são os caminhos possíveis?

No Brasil, a história é outra. O cenário da educação anda cada vez mais precário, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) analisou que nenhum estado atingiu a meta de qualidade esperada no ensino médio. Além disso, cinco estados brasileiros apresentaram uma redução no valor do índice. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Educação.

Ouça a matéria :

Olhando para o estado da Bahia, a educação sempre teve um baixo índice de desenvolvimento, assim como os outros estados. O superintendente da secretaria de Educação do Estado da Bahia, Ney Campello diz que “não adianta fechar os olhos ou tergiversar os resultados, eles são ruins mesmo, para o Brasil inteiro. 70 % dos alunos estão no nível de proficiência dois, que é um nível baixo, tanto em língua portuguesa quanto em matemática”.

Ney também chama atenção para outra questão que precisa ser observada. “A educação é um processo, as medidas devem ser tomadas desde os primeiros anos da escolaridade (creche e ensino fundamental). Hoje é uma realidade, o pai e a mãe trabalham, tem a necessidade de compor a economicamente o lar e a oferta baixa na educação de creche são baixas. Mas é a partir dai que são formadas as primeiras sinapses celebrais, etapa de desenvolvimento das crianças, que é a linguagem, a forma de mediação com o mundo. Se ela não tem o suporte pedagógico naquele momento, ele entra no fundamental, na alfabetização com dificuldade e no fim do funil que é o ensino médio, acabam sendo ruins, principalmente no ensino médio”.

O superintendente também fala de como o ensino é abordado. “Não adianta deixar um jovem entre 7h e 9h na escola se ele não tiver uma oferta qualificada. Você prender um aluno num lugar que não tem um auditório, quadra esportiva, biblioteca, laboratório de informática, é mais um regime de prisão domiciliar do que educação de tempo integral. Nossas escolas precisam ser qualificadas e pra isso temos um programa do governo, escolas culturais. Já são 25 implantas e chegaremos a 85 em curto espaço de tempo, isso vai potencializar a arte e educação e educação integral. Porque num turno o estudante cursa as disciplinas necessárias, mas no outra esta fazendo todo tipo de atividade”.

A educação no século 21 foi citado como um desafio por Ney Campello .“ O maior desafio é cuidar das pessoas, dessa dimensão subjetiva. É levar meditação a escola e o processo de auto conhecimento, de auto percepção, para que a gente vá fazendo da escola um ambiente atraente e reduzindo a evasão, com qualidade da oferta”.

WhatsApp Image 2018-10-17 at 15.39.09O assunto: Panorama da educação brasileira:dados do IDEB, o que eles apontam? foi tema do Programa Saúde no Ar, desta terça-feira (16.10) com transmissão ao vivo pelas Rádios Excelsior AM 840 e Saúde no ar (web). Patrícia Tosta e Ezequiel Oliveira conversaram com o Superintendente de Políticas para a Educação Básica do estado da Bahia,Ney Campello.

 

Confira a entrevista completa:

Você pode Acompanhar o Programa Saúde no ar pelo portal http://www.portalsaudenoar.com.br e pelo aplicativo gratuito Rádio Saúde no Ar.Transmissão simultânea através do Facebook @portalsaudenoar. Participe pelo telefone (71) 3328-7666 e WhatsApp (71) 99681-3998.

Foto: Saúde no ar 

Fonte: Internet

Redação Saúde no ar (SS)

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