Professora doa US$ 1bi para faculdade de medicina dos EUA

Na última segunda-feira, a professora emérita Ruth Gottesman surpreendeu a Escola de Medicina Albert Einstein, no Bronx, Nova York, ao anunciar uma doação monumental. Com um gesto generoso, ela destinou a extraordinária quantia de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 4,9 bilhões) para quitar perenemente as mensalidades dos alunos dessa instituição de ensino, totalizando US$ 59.000 ao ano por estudante.

 

Essa doação representa um marco, sendo uma das maiores já feitas a uma universidade nos Estados Unidos e a maior já destinada a uma faculdade de medicina. Além disso, os alunos do último ano terão o último trimestre reembolsado, e, a partir de agosto, todos os alunos, incluindo os já matriculados, terão a oportunidade de cursar gratuitamente.

 

Ruth Gottesman, membro do Conselho da universidade, tem uma história de mais de 50 anos de colaboração com a Albert Einstein. Sua trajetória acadêmica e profissional é notável, com contribuições significativas para o Centro de Avaliação e Reabilitação Infantil da Albert Einstein, onde desenvolveu modalidades de detecção, avaliação e tratamento amplamente utilizadas.

 

A fortuna que possibilitou essa generosa doação provém de David “Sandy” Gottesman, marido de Ruth, um dos primeiros investidores na Berkshire Hathaway, conglomerado multinacional liderado por Warren Buffet. Sandy, cuja fortuna foi avaliada em US$ 3 bilhões (aproximadamente R$ 14,850 bilhões) no momento de sua morte, tinha uma longa história de filantropia, doando US$ 330 milhões (R$ 1,6 bilhões) para obras de caridade ao longo de sua vida.

 

Ruth Gottesman, por sua vez, é reconhecida por suas contribuições à educação e ao tratamento de distúrbios de aprendizagem. Sua iniciativa de doar essa quantia substancial visa superar a barreira financeira enfrentada pelos estudantes de medicina, muitos dos quais têm dificuldades em pagar as mensalidades, resultando em dívidas significativas.

 

O decano da universidade, Yaron Yomer, descreveu a doação de Gottesman como “transformadora” e afirmou que ela “revoluciona radicalmente nossa capacidade de atrair estudantes comprometidos com nossa missão”. A doação proporcionará oportunidades e motivação para os alunos realizarem projetos e ideias que, de outra forma, seriam inalcançáveis.

 

Gottesman espera que essa doação permita que a escola abra suas portas para muitos estudantes cuja situação econômica impediria a possibilidade de cursar medicina. Em uma declaração ao New York Times, ela expressou sua gratidão ao seu falecido esposo por proporcionar essa oportunidade e espera que ele esteja satisfeito com sua decisão.

 

Por fim, Ruth Gottesman optou por não associar seu nome à doação, mantendo assim o nome original da Escola de Medicina Albert Einstein, fundada em 1955. Seu gesto generoso inspira outros a considerarem o impacto positivo que podem ter por meio da filantropia, deixando um legado de educação e acesso igualitário às oportunidades de aprendizado.

Creditos: GETTY/ BBC News Mundo

 

 

 

 

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