Contrariando a própria resolução, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), pode reverter a proibição de um dos agrotóxicos mais letais do mundo. A princípio, o Paraquate é proibido na União Europeia e em 22 de setembro deste ano será banido no Brasil. Classificado como extremamente tóxico, o órgão regulador decidiu proibi-lo em 2017 devido a evidências de que ele gera mutações genéticas e doença de Parkinson.
De acordo com o procurador federal Marco Antônio Delfino, do Ministério Público Federal (MGS) será realizado nesta terça-feira (18/08). O encontro viola as próprias regras para revisão de proposta, não garantindo a transparência ao processo. O procurador entrou com uma ação pedindo a suspensão da pauta.
Segundo o regimento do próprio órgão, os documentos e informações que vão subsidiar a tomada de decisão devem ser divulgados sete dias antes de cada reunião. Mas as informações da reunião sobre o paraquate não foram publicadas.
Após suspensão da pesquisa realizada pelo Comitê de Ética da Unicamp, doze empresas que produzem o paraquate se juntaram no que chamam oficialmente de “Força-Tarefa Paraquate”. O grupo custeia um estudo sobre a capacidade do agrotóxico provocar mutação nos genes de ratos em um laboratório privado inglês, o Covance Laboratory.