Suecos criam novo método para detectar o câncer de próstata

prostata2Um novo exame para diagnosticar o câncer de próstata mostrou-se mais eficaz na identificação da doença do que o teste laboratorial PSA que é adotado atualmente. O PSA (em inglês Prostate Specific Antigen) é uma proteína encontrada no sangue que é única ou específica para a próstata- e que, em grande quantidade, pode indicar altas chances de existência do tumor. O novo método sugerido por cientistas suecos é chamado de STHLM3 e deve estar sendo comercializado a partir de março do próximo ano na Suécia, enquanto é validado em outros países e grupos étnicos não-brancos.

O STHLM3  leva em conta mais marcadores biológicos no líquido corporal, tornando, segundo os pesquisadores, a sondagem mais detalhada. Os cientistas testaram o método em 58.818 homens de Estocolmo com idade entre 50 e 69 anos, de 2012 a 2014. O exame analisa seis marcadores de proteína, mais de 200 indicativos genéticos, além dos dados clínicos dos pacientes, como idade, histórico familiar e biópsias anteriores da próstata.

Os cientistas perceberam que o exame conseguiu encontrar tumores agressivos mesmo em homens com valores baixos de PSA diminuindo o número de biópsias em 30%. O procedimento é adotado para certificar a existência do câncer.

Substituição do toque retal

Professor de epidemiologia no Instituto Karolinska, Henrik Grönberg, um dos autores do estudo disse que o PSA perde muitos cânceres agressivos. E que por isso, eles decidiram desenvolver um teste mais preciso que potencialmente poderia substituir tanmbém o exame de toque retal .Conforme o Saúde Plena, os resultados positivos foram detalhados na edição da revista britânica The Lancet Oncology, e animou a equipe de estudiosos, que acredita que o novo método poderá ser usado clinicamente.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), no ano passado, foram descobertos 68.800 casos da doença e em 2013 quase 14 mil homens (13.772) morreram em decorrência dela. Isso porque alguns tumores da próstata podem crescer de forma rápida, se espalhando para outros órgãos e levando à morte do paciente. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), porém, a grande maioria desses carcinomas cresce de forma tão lenta — leva cerca de 15 anos para atingir 1cm³ — que não chega a dar sinais durante a vida nem a ameaçar a saúde do homem.

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A.V.

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