O Relatório da Autoavaliação das Práticas de Segurança do Paciente em Serviços de Saúde traz as informações prestadas por 782 hospitais no Brasil sobre o seu nível de adesão às práticas de segurança e adequação aos critérios do Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP). O documento é um retrato de como parte dos hospitais brasileiros estão cuidando da segurança do paciente.
O relatório foi elaborado a partir da autoavaliação feita pelos próprios hospitais, de forma voluntária, e encaminhado para a Anvisa. De todas as unidades da federação, o Distrito Federal foi o local onde os hospitais tiveram maior adesão, com 100% dos serviços participando da pesquisa. Em seguida, vieram Santa Catarina, Espírito Santo, Rio Grande do Norte e Goiás, todos com mais de 60% dos hospitais participantes. O relatório considera apenas os serviços de saúde que dispõem de UTI adulto.
Hospitais: participem da Autoavaliação de 2017.
Na outra ponta, os estados em que os hospitais tiveram menor adesão à pesquisa foram São Paulo, Paraíba, Tocantins, Alagoas e Roraima, neste último nenhum serviço enviou sua autoavaliação. O documento considera o número de estabelecimentos no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), do Ministério da Saúde.
Hospitais com grande adequação à segurança do paciente
O relatório também traz a lista de hospitais com alto nível de adesão às práticas de segurança. Como a avaliação não é obrigatória, a lista traz apenas os hospitais que participaram da pesquisa e que demonstraram alta adesão a essas práticas.
Dos 782 serviços de saúde avaliados, 301 foram classificados como de alta adesão, ou seja, com 67% ou mais de adesão aos critérios avaliados. Esse número, no entanto, pode ser maior, já que nove estados não encaminharam a lista dos hospitais com alto nível de adesão, dentro do prazo estipulado, por diferentes motivos.
Principais resultados
· O número de hospitais participantes representou 40,1% dos hospitais com UTI adulto do país.
· O critério de avaliação com maior nível de adesão foi a existência de Protocolo de Prática de Higiene das Mãos, com 93,6% de adesão.
· O segundo critério com maior nível de adesão foi o que avalia o número de lavatórios e dispensadores de álcool gel para higiene das mãos, com 92,5% de respostas positivas.
· O critério com menor adesão foi Adesão ao Protocolo de Prevenção de Queda, com apenas 34,3%.
· O segundo critério com menor adesão foi a adesão ao Protocolo de Prevenção de Úlcera por Pressão, com 36,1% de adesão.
Confira a versão completa do Relatório da Autoavaliação das Práticas de Segurança do Paciente em Serviços de Saúde
Quais são os critérios avaliados?
O formulário traz 11 questões objetivas (sim/não) referentes a estrutura do serviço e quatro questões sobre indicadores de processos relacionados com a segurança do paciente, totalizando os 15 critérios baseados nas Ações de Segurança do Paciente em Serviços de Saúde, instituídas pela resolução RDC 36/2013.
Veja alguns exemplos de critérios avaliados
· Plano de segurança do paciente (PSP) em execução
· Protocolo de prevenção de quedas implantado
· Protocolo de segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos implantado
· Adesão à lista de verificação da segurança cirúrgica (LVSC)
Como é feito o relatório?
Os formulários de autoavaliação foram preenchidos pelos Núcleos de Segurança do Paciente de cada serviço de saúde e conferidos pelas Coordenações Estaduais/Distrital dos Núcleos de Segurança do Paciente (Vigilâncias Sanitárias dos estados e do DF).
O formulário de autoavaliação foi disponibilizado em maio de 2016 e ficou disponível até 31 de agosto de 2016.
Ao todo, foram recebidos 865 formulários, mas o relatório considerou apenas os 782 serviços com UTI adulto, alvos da avaliação.
Este processo de avaliação será realizado anualmente pelo Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS), seguindo o que está previsto no¿Plano Integrado para a Gestão Sanitária da Segurança do Paciente em Serviços de Saúde – Monitoramento e Investigação de Eventos Adversos e Avaliação de Práticas de Segurança do Paciente.
Fonte: Anvisa