Um estudo feito pela Universidade de Iowa (EUA), descobriu que uma resposta imunológica das células intestinais dispara uma série de sinais químicos que, no final da cadeia de eventos, preserva neurônios cuja morte está associada com a doença de Parkinson.
Agindo como uma espécie de detetives, as células imunológicas intestinais identificam circuitos danificados dentro dos neurônios e descartam as peças defeituosas. Essa ação vai culminar na preservação dos neurônios produtores de dopamina, cuja deficiência ou morte no cérebro está ligada ao Parkinson.
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“Acreditamos que, de alguma forma, o intestino está protegendo os neurônios,” disse a pesquisadora Veena Prahlad, da Universidade de Iowa (EUA).
Outros pesquisadores já haviam associado a doença de Parkinson a defeitos nas mitocôndrias, a maquinaria de produção de energia encontrada em todas as células humanas, embora por que e como os defeitos nas mitocôndrias afetam os neurônios continua a ser um mistério.
Alguns acreditam que as mitocôndrias defeituosas deixam os neurônios morrerem de fome; outros acreditam que elas produzem uma molécula que prejudica o neurônio.
Seja qual for a resposta, mitocôndrias danificadas têm sido associadas a vários distúrbios do sistema nervoso, incluindo a esclerose lateral amiotrófica e a doença de Alzheimer.
Os resultados foram publicados na revista científica Cell Reports.
Redação Saúde no Ar
João Neto