A pesquisadora Nísia Trindade Lima foi escolhida pelo Presidente da República, Michel Temer (PMDB), como a nova presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que ficará a frente da gestão de 2017-2020. Nísia é a primeira mulher a presidir a Fiocruz, tendo sua nomeação baseada em uma lista tríplice apresentada pelo Conselho Deliberativo da entidade ao Ministério da Saúde.
O Ministério da Saúde, Ricardo Barros, entende que a escolha foi fruto de união, onde todos tiveram participação na busca dos objetivos da Fiocruz, instituição referência em pesquisas em saúde pública na América Latina.
O Ministro observou que, houve uma conciliação de interesses, de união em torno dos objetivos que estão propostos pela Fiocruz. Dentro desse quadro, de diálogo e de articulação do Ministério e Fiocruz, o Presidente Michel Temer entendeu que essa era a solução mais adequada e mais efetiva para as mudanças que precisamos na Fiocruz.
Sobre Nísia
Nísia é Bacharel em Ciência Social pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (EURJ) e com mestrado em ciência política e doutorado em sociologia pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ), ela faz parte do quadro de pesquisadora da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) desde 1987.
Entre 1989 e 1991, Nísia Trindade foi chefe do departamento de pesquisa da COC (1989-1991), vice-diretora, entre 1992 e 1994, e foi diretora da unidade entre os anos de 1998 e 2005. Em sua gestão, o COC criou o Programa de Pós-graduação em História das Ciências e da Saúde (PPGHCS) em 2000, com primeira turma de mestrado e doutorado em 2001.
Desde 2011, ela é vice-presidente de Ensino, Informação e Comunicação da Fiocruz e diretora da Editora Fiocruz. Nísia Trindade também é professora adjunta de sociologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Participa dos conselhos editoriais dos periódicos – Revista da Sociedade Brasileira de História da Ciência; História, Ciências, Saúde-Manguinhos; Caderno de História da Ciência-Instituto Butantan e Escritos da Fundação Casa de Rui Barbosa.
Durante o processo democrático de escolha do novo presidente da Fiocruz, a pesquisadora elencou 10 compromissos que ela considera centrais para o avanço da instituição, com destaques para defesa do direito universal à saúde: compromisso com o SUS; promoção da ciência, da tecnologia e da inovação em benefício da sociedade; valorização dos trabalhadores e promoção das relações de trabalho inclusivas e com respeito à diversidade; e promoção a qualidade e a integração na atenção, na vigilância e na promoção à saúde.
A Fiocruz é reconhecidamente uma importante instituição de pesquisa, além da produtora de medicamentos e vacinas para o Sistema Único de Saúde (SUS). A fundação desenvolve produtos biológicos e medicamentos e conta com 16 entidades vinculadas, para atividades de pesquisa, ensino, assistência, informação e produção.
FONTE: MINISTÉRIO DA SAÚDE