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O DIU é o método anticoncepcional reversível mais utilizado no mundo

Cada vez mais, a mulher contemporânea tem adotado o DIU como método contraceptivo pela praticidade e pela segurança. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Dispositivo Intrauterino já é o método anticoncepcional reversível mais utilizado no mundo, devido a alta eficácia. “Além de atender a demanda como uma opção de contraceptivo não hormonal ou com menos efeitos colaterais, a chance de falha, no de cobre, é de 0,7%, e, no Mirena, de 0,2%”, destaca Ticiana Cabral, ginecologista e sócia da Clínica EMEG.

Os dois principais tipos de dispositivos intrauterinos são o de cobre ou cobre com prata, que é uma haste revestida com o metal que libera pequenas quantidades de cobre no útero, deixando a região hostil ao espermatozoide e costuma ser indicado para quem busca uma anticoncepção mais natural. E o hormonal, mais conhecido como Mirena, que funciona com emissão de pequenas doses do hormônio levonorgestrel no útero. “O Mirena, possui em sua estrutura o hormônio progesterona, que é liberado aos poucos, cerca de 20 mcg por dia, e uma pequena quantidade pode ser absorvida pela corrente sanguínea. A vantagem é que, diferente do de cobre, que pode aumentar o fluxo menstrual e as cólicas, o DIU hormonal pode suspender a menstruação definitivamente em cerca de 80% dos casos. Por esse motivo, o Mirena também pode ser utilizado para reposição hormonal em mulheres mais velhas e para bloqueio da menstruação, em casos de pacientes com endometriose (protegendo contra o câncer de endométrio) ou dismenorreia (fluxo menstrual forte e/ou doloroso), por exemplo”, explica a ginecologista e sócia da Clínica EMEG, Ana Cristina Batalha.

Outra vantagem do dispositivo intrauterino é o seu tempo de ação, comenta Cristina Sá, também ginecologista e sócia da Clínica EMEG. “O DIU de cobre possui validade de dez anos e o Mirena, de até 5 anos”. A médica alerta que o único cuidado é, após a colocação, fazer um monitoramento com exames de imagem para saber se o dispositivo está bem localizado. “O fato de ser um dispositivo colocado dentro do útero, por um período mais longo e que funciona sozinho, reduz totalmente o risco de ser mal utilizado e ter sua eficácia reduzida, como acontece quando esquecemos de tomar a pílula, por exemplo. Justamente por não se adaptarem aos outros métodos anticoncepcionais que muitas mulheres escolhem o DIU. É um método muito eficiente e que se adapta bem a rotina corrida que levamos atualmente, podendo, inclusive, melhorar a qualidade de vida da paciente”, comenta.

Em geral, não há contraindicações em relação ao uso e a adaptação varia de mulher para mulher, explica Ticiana. “Assim que o dispositivo é colocado, é normal que a mulher sinta um leve desconforto, assim como cólicas nos primeiros dias. Também é comum que o Mirena cause alguns escapes (pequenos sangramentos) nos primeiros dois meses, mas com o tempo, a maioria das mulheres deixam de menstruar”. De acordo com a ginecologista, ainda existem alguns mitos que envolvem o método. “Algumas pessoas pensam que o DIU pode ser abortivo e isso não é verdade, ele apenas impede a concepção. Por isso é tão importante falar e informar às pacientes e mostrar que é um método que se molda às necessidades de cada mulher”, finaliza

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