O relatório divulgado nesta semana que associa o consumo de carnes processadas ao câncer não determina que as pessoas parem de consumir carne, afirmou a Organização Mundial de Saúde – OMS, nesta quinta-feira (29). As informações são da Agence France-Presse – AFP.
O estudo sobre o consumo excessivo de carnes processadas foi colocado no Grupo 1 do risco de contrair câncer, principalmente colorretal. A pesquisa realizada pela Agência Internacional para a Pesquisa sobre o Câncer – IARC, na sigla em inglês – vinculada à Organização Mundial da Saúde – OMS, contou com analises de 800 estudos.
Em geral, o consumo excessivo de carnes vermelhas – incluindo bovina, suína e ovina – foi incluído no Grupo 2a, como “provavelmente cancerígenas”.
Em comunicado, divulgado nesta quinta-feira a OMS esclarece que a pesquisa “não pede para que as pessoas deixem de comer carnes processadas, mas aconselha uma redução do seu consumo, o que pode diminuir o risco de câncer colorretal.”
De acordo com a citação da ONU na pesquisa, 34.000 mortes ao ano são atribuídas à alimentação rica em carnes processadas. Se for comparado ao milhão de mortes anuais atribuídas ao tabaco, o número é baixo. Atribuída pelo consumo de álcool chega a 60.000 e e referente a poluição 200.000.
A OMS enfatizou que estado atual da pesquisa “não permite” determinar uma quantidade segura para o consumo de carne. “Os especialistas começarão a considerar as implicações para a saúde pública dos mais recentes avanços na ciência e em vez de carne processada e carne vermelha numa dieta saudável”, no entanto, no início de 2016, segundo informou a OMS.
A repercussão desse estudo, mexeu com os produtores de carne de todo o mundo que rejeitaram intensamente o relatório da IARC. Já o ministro da Agricultura australiano chamou a pesquisa de “farsa”, enquanto o American Meat Institute acusou o IARC de “distorcer os números para obter certos resultados”.
*Redação Saúde no Ar