O albinismo, também conhecido como hipopigmentação, recebe seu nome da palavra latina “albus” e significa branco. Esta anomalia genética, na qual ocorre um defeito na produção de melanina (pigmento), é a causa da ausência total ou parcial de pigmentação da pele, dos olhos e dos cabelos.
“Como toda doença genética, o indivíduo herda o gene do pai e da mãe e essa combinação dos genes é que determina se a pessoa será ou não albina”, explica a dermatologista Ana Cristina Guerra, ao Saúde no Ar.
Ainda segundo a dermatologista, o albinismo não distingue raça, afetando igualmente brancos, amarelos e negros. Essa é uma doença rara, “um em cada 17 a 18 mil pessoas têm albinismo. Ana Guerra exemplifica, “se um casal sem albinismo forem portadores do gene, eles podem vir a ter. Por outro lado, nem sempre quem tem albinismo, se vier a ter filhos, necessariamente eles serão albinos, pois tudo vai depender da combinação desses genes. ” Esclarece.
Para verificar a possibilidade de um casal, em que só um deles é albino, vir a ter um filho portador da doença, Ana Cristina recomenda um aconselhamento genético com um geneticista para fazer um estudo.
O ambientalista Cláudio Mascarenhas, também presente no Saúde no Ar, lembra como a falta de arborização urbana afeta os albinos. Segundo ele, essas pessoas necessitam de mais conforto ambiental do que o resto da população. A pele extremamente branca ou vermelha, uma de suas características, os deixam muito mais expostos aos raios solares e a altas temperaturas. “A falta de arborização nas áreas urbanas torna inacessíveis, principalmente para quem tem albinismo, o direito de ir vir. A falta de coberturas em muitos pontos de ônibus, também é um exemplo de desconforto que também afeta as suas vidas. ”, lembra.
Ana Guerra afirma que não existe tratamento para o albinismo, e sim prevenção e cuidados. No caso dos olhos dos albinos, por exemplo, eles merecem atenção e as crianças devem ser levadas ao oftalmologista, para evitar a perda da visão.
A especialista ressalta o cuidado com a visão, mas também garante que eles precisam de acompanhamento com diferentes especialistas, como pediatra, dermatologista, geneticista, pois a doença pode se manifestar em diferentes partes do corpo.
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