Médicos e cientistas ainda não sabem o motivo do aumento dos casos de microcefalia em Pernambuco. Os questionamentos estão mobilizando médicos, a Secretaria de Saúde e hospitais de todo o estado, em busca de uma explicação para o aumento do número de episódios que chegaram a 141 nos últimos quatro meses, quando anteriormente não passavam de 10 por ano. Os registros foram provenientes de moradores de 42 municípios de diferentes regiões do estado, sendo que a maior parte dos nascimentos (55%) ocorreu em Recife.
Segundo a secretária executiva de Vigilância em Saúde da Secretaria Estadual de Pernambuco, Luciana Albuquerque, o estado está em operação de guerra para descobrir a cuasa o quanto antes possível: “ A gente não tem previsão de prazo, estamos correndo contra o tempo, com várias frentes de atuação. A secretaria quer saber o quanto antes a causa para poder atuar na prevenção e no tratamento”, explicou.
A Secretaria de Saúde do Estado está analisando possíveis causas para essas ocorrências, entre elas: infecções congênitas (rubéola, sífilis, varicela, toxoplasmose), agressões teratogênicas (drogas como talidomida, aspirina, tetraciclina, calmantes), alcoolismo materno, drogadição (cocaína), infecções provocadas por dengue, chikungunya ou zika, entre outros.
A microcefalia é uma malformação congênita sem causa definida, associada a uma série de fatores de diferentes origens, em que a cabeça do recém-nascido é menor quando comparada ao padrão daquela mesma idade e sexo.
Os bebês com essa malformação nascem com um perímetro cefálico menor do que o normal, que habitualmente é superior a 33 cm. O governo pernambucano se prepara para ampliar a rede para atender a esses bebês com fisioterapia e terapia ocupacional, pois eles podem apresentar limitações motoras e cognitivas, adiantou a secretária.
Portal Saúde no Ar
A.V.