Foto: Divulgação
Majoritariamente idosos, os pacientes atendidos pelo Centro de Diabetes e Endocrinologia da Bahia (Cedeba), vinculado à Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), foram à instituição, na manhã desta quarta-feira (15), para comemorar o São João, com direito a música e comida típica. O auditório estava decorado com tema da festa para recebê-los na segunda edição do ‘Doce Conviver’, evento organizado pela equipe formada por médicos, enfermeiros, nutricionistas e assistentes sociais. Essa é uma forma de confraternização, de incentivá-los a não descuidar da saúde em qualquer época do ano e ensiná-los que é possível conviver bem com a doença.
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O evento teve ainda a participação da Patrulha do Riso, que arrancou gargalhadas da platéia, e de uma banda de forró, que puxou a quadrilha durante toda a festa. Tudo, acompanhado por uma mesa com comidas típicas, preparadas especialmente para o público de diabéticos. Segundo a coordenadora da Coordenação de Apoio à Rede/Educação em Saúde (Codar), Graça Velanes, a ação integra a proposta do Centro de Diabetes, de produzir materiais educativos e buscar uma autonomia do cuidado, o que faz com que eles apreendam muito mais as informações.
“Aqui temos diversas ferramentas voltadas a estimular o aprendizado, como cartilhas, dinâmicos de grupo, para que, no dia a dia, os pacientes tenham melhor qualidade de vida. Essas atividades lúdicas e a convivência com o outro fazem com que eles cresçam, e aproveitamos períodos como o São João, Natal e o Réveillon para mostrar como devem e podem ser incluídos nas festas”, afirmou a coordenadora.
Ela comemorou ainda o sucesso da metodologia do autocuidado com os pacientes e enfatizou que o Cedeba estimula adesão familiar, pois “quando a família participa e entende junto, a qualidade de vida fica melhor para todos”, a exemplo de pacientes como o pernambucano José Florêncio da Costa, 76 anos e há 43 convivendo com o diabetes tipo 2. Depois que descobriu o Cedeba e passou a fazer atendimento no Centro, ele desistiu de voltar para sua terra natal, Recife.
De acordo com José Florêncio, foi no Centro que aprendeu tudo o que sabe hoje. "É uma verdadeira escola de diabéticos, e eu fui reeducado quando cheguei aqui. Eu quero viver e não é o diabetes que vai matar ninguém. É apenas uma questão de controle alimentar. Assim, é possível viver bem, cheio de saúde, como eu me sinto agora, com a minha glicemia sempre controlada”.
Entre uma das mais animadas da quadrilha, Maria de Lourdes da Silva, 65, depois que controlou o diabetes participa de corridas de ruas, caminhadas e se sente cheia de saúde. “Eu não sabia como lidar com a doença, e descobri o que precisava fazer, inclusive, foi depois de ser atendida aqui, há cerca de 6 anos, que decidi parar de fumar”.
Fonte: Cedeba
Redação Saúde no Ar*
João Neto