Acrovida: distúrbio do crescimento

Acrovida: distúrbio do crescimento

O encontro de pessoas com acromegalia e gigantismo (2º Acrovida), que oferece atendimento médico em várias especialidades gratuitamente, acontece no dia 14 de maio (Sábado). O evento é realizado pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), por meio do Centro de Diabetes e Endocrinologia da Bahia (Cedeba), Escola Bahiana de Medicina e à Associação Baiana de Amigos da Mucopolissacaridoses e Doenças Raras (ABAMPS).

Aumento do nariz, orelha, pés e mãos são sintomas iniciais da acromegalia, doença rara que registra 3,3 casos por milhão/ano, provocada por tumor benigno da hipófise (adenoma), decorrente da produção exagerada do hormônio do crescimento GH. Pode ainda haver espessamento da pele e suor excessivo, aumento da oleosidade da pele e de pelos.

O ronco também pode ser um sinal de alerta. Quando a acromegalia se manifesta em pessoas jovens, se não houver tratamento, elas crescem exageradamente – gigantismo – atingindo altura de até 2,18 metros, situação que torna a rotina mais difícil, como explicou o ortopedista Marcos Almeida, professor da Escola Bahiana de Medicina.

Por isso – alertou – os pais devem ficar atentos, ao perceberem que o crescimento da criança está sendo exagerado. O gigantismo, segundo o especialista, dificulta a realização de tarefas simples como entrar num carro ou andar de ônibus. Eles tendem a apresentar problemas na coluna pela inadequação dos móveis que os obrigam a sentar numa postura que leva a dores ósseas e articulares.

A acromegalia provoca o crescimento das extremidades, o acompanhamento com o cirurgião bucomaxilo também é muito importante. Há casos em que há necessidade da cirurgia da redução da mandíbula. Quando a oclusão não é satisfatória, pode interferir na digestão. Na Bahia, o Centro de Diabetes e Endocrinologia da Bahia (Cedeba) unidade da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) é referência para o tratamento da acromegalia e gigantismo, com atendimento multidisciplinar e dispensação do medicamento de alto custo, usado para tratamento da doença, fornecido pelo Governo Federal.

O Cedeba realiza periodicamente encontro com os pacientes, que são acompanhados na unidade, onde além de informações sobre a doença, também são enfocados os direitos do grupo. Os pacientes têm assistência médica, psicológica e serviço social. Caso o paciente com acromegalia não seja tratado, o risco de  morte passa a ser duas a quatro vezes maior que na população em geral, segundo a endocrinologista e coordenadora técnica do Cedeba, Flávia Resedá. Como a hipófise é o centro do controle da produção dos hormônios – explica – o aumento excessivo do GH contribui inclusive para o diabetes. Entre os distúrbios associados à doença estão: hipertensão, insuficiência cardíaca, fraqueza, dor de cabeça, alteração visual, depressão e alteração de humor.

O encontro acontece na unidade acadêmica de Brotas, na Avenida Dom João VI número 275, das 8 às 12 horas. As inscrições serão feitas no local, sendo necessário apresentar RG, cartão SUS e comprovante de endereço com CEP.

Redação Saúde no Ar*

João Neto

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