No verão, as altas temperaturas tendem a aumentar o incômodo de quem sofre com hiperidrose; condição que é classificada como sudorese excessiva e ocorre em decorrência da hiperestimulação das glândulas sudoríparas. Essas pessoas podem recorrer ao tratamento, com o objetivo de aproveitar com mais conforto a alta estação.
De acordo com o diretor médico da Clínica de Tratamento do Suor (CTS), Dr. Sandro Fabricio Oliveira, a hiperidrose pode decorrer de diferentes causas, como fatores hereditários, emocionais ou doenças, e afetar algumas regiões do corpo, como axilas, palmas das mãos, rosto, cabeça e plantas dos pés.
“Em geral, a hiperidrose pode se apresentar em dois tipos, primária focal ou secundária generalizada. A primária pode aparecer na infância ou adolescência, geralmente, nas mãos, axilas, pés, cabeça ou rosto, e normalmente, há mais pessoas na mesma família com o mesmo problema. Já a secundária generalizada causada por uma condição médica, pelo efeito colateral de uma medicação ou por uma questão psicológica. E nestes casos, as pessoas suam em todas as áreas do corpo ou em regiões incomuns, inclusive durante o sono”, explica.
Conforme levantamento feito pelo Instituto Ipsos em 2013, aproximadamente 10% da população brasileira sofre de hiperidrose. Já a Sociedade Brasileira de Dermatologia estima que a condição primária afeta de 2% a 3% da população, no entanto menos de 40% dos pacientes com essa condição consultam um médico.
De acordo com o especialista, durante o verão, a condição pode ser agravada se a pessoa estiver exposta a altas temperaturas. “Por isso, é sempre bom lembrar que o que caracteriza o suor excessivo é a pessoa suar mesmo parada e independente da temperatura do ambiente”, ressalta Dr. Rodrigo Maia.
A hiperidrose pode ainda prejudicar a vida social de quem sofre com o problema, porque a condição é muitas vezes associada à falta de higiene. “O período do verão é um incentivo para que as pessoas interajam mais; no entanto quem tem hiperidrose pode se sentir inseguro e incomodado especialmente se a condição afetar sua autoconfiança e autoestima, fazendo com que evite contato físico”, explica.
Tratamento
Existe a opção do tratamento com a Simpatectomia, uma cirurgia rápida e com resultados permanentes; podendo reduzir ou eliminar a produção de suor em áreas como as palmas das mãos, axilas, pés e rosto para o resto da vida. Além disso, a medida trata o problema de forma minimamente invasiva, com segurança, cicatriz discreta e rápido retorno à rotina.
“Com este procedimento, é feito um bloqueio no nervo que transmite o estímulo à glândula sudorípara; desligando o sinal que avisa ao corpo para suar excessivamente. Por se tratar de um procedimento minimamente invasivo, quem sofre com o suor em excesso pode tratar a condição em tempo de aproveitar o verão”, destaca Dr. Marcelo Pato.
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