O programa Corujão da Saúde, criado pelo Prefeito João Doria (PSDB) na tentativa de zerar a fila de espera para realizar exames em São Paulo, começa na próxima terça-feira (10) em hospitais filantrópicos conveniados à secretaria municipal de saúde, dentre eles o Hospital Albert Einstein, Hospital do Coração, Hospital Sírio-Libanês e Hospital Alemão Oswaldo Cruz.
A gestão municipal não revela o total de parcerias já firmadas e afirma que fará, nas próximas semanas, um chamamento público para atrair um número maior de hospitais e clínicas.
Durante a campanha, Doria chegou a dizer que a Santa Casa seria parceira. A irmandade afirmou que, neste momento, "não está em negociação com a Prefeitura de São Paulo sobre quaisquer programas de saúde da nova gestão, incluindo o Corujão da Saúde", mas garante ter interesse em participar.
Na proposta, a Prefeitura repassa recursos e as intuições fornecem equipamentos e funcionários no período entre 20h e 8h. De acordo com a pasta, o Corujão está em vigor desde segunda-feira (2), quando os exames começaram a ser agendados, e passarão a ser realizados a partir do dia 10.
A Secretaria Municipal da Saúde afirma que há 550 mil pessoas na fila de espera. Desse montante, metade terá que passar por uma nova reavaliação nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) para confirmar a necessidade do pedido, para posteriormente realizar o exame.
O programa atenderá, de imediato, pacientes que esperam de um a seis meses para realizarem os exames. A maior demanda reprimida, de acordo com a pasta, é de pedidos para ultrassonografia: 210 mil pacientes aguardam a vez.
Promessa da nova gestão durante a disputa eleitoral, o programa terá duração de 90 dias, prazo que a Prefeitura avalia ser suficiente para liquidar a fila. A expectativa é que, após tal período, os pacientes consigam ser atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em até 30 dias.
Redação Saúde no Ar