Brasil terá nova fábrica de medicamentos biológicos

Brasil terá nova fábrica de medicamentos biológicos

Uma nova indústria farmacêutica de biofármacos, medicamentos feitos a partir de material vivo, será construída no Rio de Janeiro. A produção nacional vai gerar economia para o governo federal na compra de medicamentos de alta tecnologia oferecido no Sistema Único de Saúde (SUS). A previsão é que, com o fim das importações, o Brasil reduza em R$ 150 milhões ao ano, após o início da aquisição, os custos na compra desses produtos.


 

O projeto para a construção da indústria integra a Política Nacional para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) do Ministério da Saúde, que mantém atualmente 104 parcerias envolvendo 19 laboratórios públicos e 57 privados. São acordos que preveem o desenvolvimento de 97 produtos (66 medicamentos, 7 vacinas, 19 produtos para saúde e 5 pesquisas em desenvolvimento). No Rio de Janeiro, já são cerca de 40 PDPs que envolvem Fiocruz e Instituto Vital Brazil. As PDPs são destinadas à transferência de tecnologia entre instituições públicas e privadas e à encomendas tecnológicas vinculadas às demandas de produtos estratégicos para SUS. A fábrica da Bionovis que será construída no Rio de Janeiro será a primeira indústria especializada na produção de medicamentos biológicos. O novo empreendimento possibilitará que o Brasil reduza sua dependência em relação ao mercado externo de medicamentos biológicos, feitos a partir de material vivo e manufaturados a partir de processos que envolvem medicina personalizada e biologia molecular. Os biofarmácos aumentam as possibilidades de sucesso no tratamento principalmente para doenças crônicas.

Inicialmente, a nova indústria focará sua produção em sete medicamentos: Rituximabe (linfoma); Infliximabe (artrite reumatoide), Etanercepte (artrite reumatoide), Infliximabe (artrite reumatoide), Cetuximabe (oncológico), Trastuzumabe (oncológico) e Bevacizumabe (oncológico). A expectativa é que esses remédios cheguem ao mercado em três anos. Laboratórios internacionais como a Merck alemã fornecerão a tecnologia para a produção destes medicamentos.

Em relação aos medicamentos biológicos, o Ministério da Saúde possui, atualmente, parcerias entre laboratórios públicos e privados para a produção de 27 biofármacos e 14 biotecnológicos no país. O governo federal representa mais de 70% das compras desses produtos. Apesar dos medicamentos biológicos equivalerem a cerca de 5% dos medicamentos comprados pelo Ministério da Saúde, eles representam 49% dos gastos. Ao todo, já são disponibilizados à população pelo SUS 29 biofármacos: para hepatites, artrite reumatóide, vacinas e doenças crônicas.

Fonte: Agência Saúde.

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