ANS discute atenção ao idoso

ANS discute atenção ao idoso

A melhoria da atenção integral à saúde do idoso foi discutida pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) durante uma webconferência realizada no dia (04), no Rio de Janeiro. Foram abordadas questões que envolvem desde a atenção primária prestada ao idoso até os cuidados de reabilitação e paliativos. O público-alvo da discussão foram os prestadores de serviços e operadoras de planos de saúde que participam do Projeto Idoso Bem Cuidado, que visa a implementação de novos modelos de cuidado com base, principalmente, na avaliação funcional e atenção primária em saúde.

Para a  diretora de Desenvolvimento Setorial (Dides), Martha Oliveira, o Brasil precisa avançar na qualidade dos serviços prestados na rede de atendimento. “Precisamos de novos modelos, com mais qualidade e transparência, e uma maior interação entre os nossos serviços de saúde para melhorar o cuidado integral ao idoso”, comentou a diretora durante a webconferência, que trouxe aos participantes uma experiência desenvolvida na Espanha.

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O convidado foi o professor da Universidad Alfonso X el Sabio e diretor médico e de inovação do Hospital Virgen de la Poveda de Madrid, na Espanha, Manuel Grandal. O médico e geriatra comentou o desenvolvimento de atividades para a melhoria da atenção primária, preventiva, de reabilitação e de cuidados paliativos dedicados aos idosos nos serviços públicos da capital espanhola. Uma delas é o uso de tecnologias de comunicação, como a telemedicina.

Essa ferramenta se caracteriza pelo uso de recursos tecnológicos, como a exibição ou envio de imagens e vídeos, por profissionais de saúde, para a realização de consultas a pacientes. O recurso encurta distâncias, melhora a assistência, reduz custos, permite o compartilhamento de casos e evita deslocamentos desnecessários, diz o professor.

Grandal informou que dados de uma pesquisa mostram que o grau satisfação geral dos pacientes atendidos no hospital por meio da telemedicina é de cerca de 90%. “Podemos fazer teleconsultas em hospitais, em centros de saúde ou mesmo no domicílio do paciente”, completa.

Durante sua apresentação, Grandal explicou que o uso da ferramenta foi implantada na capital espanhola a partir de 2007, quando o governo de Madri iniciou melhorias nos serviços público de saúde. Atualmente, 11 dos 36 hospitais públicos locais fazem uso de uma rede completa de telemedicina, com várias especialidades e uma programação de atividades consolidada.

Redação Saúde no Ar

João Neto

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