Primeiro semestre de 2015 foi o mais quente em 135 anos

Primeiro semestre de 2015 foi o mais quente em 135 anos

Segundo relatório preliminar da Organização Meteorológica Mundial (OMM), o primeiro semestre de 2015 foi o mais quente – em escala global e média – em 135 anos, desde que as medições oficiais de temperatura ao redor do globo terrestre tiveram início, ano a ano  em 1880.

No período entre janeiro e junho de 2015, obteve-se temperatura anômala global de 0,85°C levando-se em consideração dos dados de estações oceânicas e terrestres, sendo que na média global, a temperatura da superfície do mar ficou 0,65°C mais alta superando o valor recorde – até então – de 0,40°C, em 2010.

Regiões que no primeiro semestre de 2015 tiveram anomalias positivas mais importantes de temperatura foram a África, América do Norte Ocidental, América do Sul e Eurásia.

Com relação aos extremos, cada vez mais instigados, quando o assunto é mudança climática ou comportamental do clima no planeta, o estudo mostrou que a média de gelo no Polo Norte, no Ártico, apresentou uma redução de 7,7% no primeiro semestre de 2015 com relação ao período comparativo desde 1979.

Por outro lado, no Polo Sul, a quantidade de gelo marinho acumulado na Antártida não para de aumentar. No primeiro semestre de 2015, o valor ficou 7,2% acima da média desde 1982 sendo que em 2014, o recorde de gelo no “continente gelado” já havia sido alcançado.

Ásia e Europa

No Japão, conforme Agência de Gestão de Incêndios e Desastres 14 pessoas morreram de calor entre os dias 13 e 19 de julho, número três vezes superior aos da semana anterior, e 6.165 pessoas receberam atendimento médico de urgência por sintomas relacionados às altas temperaturas. Grande parte dos 14 mortos era maior de 65 anos. Os óbitos se concentraram especialmente entre 13 e 15 de julho, dias em que os termômetros marcaram 39 graus em algumas regiões do país e as temperaturas bateram o recorde do ano em várias cidades.

Na Europa, os espanhóis suavam em bicas e os londrinos torravam no dia mais quente de julho da história esta semana. Cientistas afirmaram que é “praticamente certo” que a mudança climática global está aumentando a probabilidade de tais ondas de calor na Europa.
Em uma análise de dados em tempo real divulgada uma equipe internacional de cientistas do clima de universidades, serviços de meteorologia e organizações de pesquisa declarou que o tipo de onda de calor que atingiu o continente europeu esta semana – definida como período de três dias de calor excessivo– está se tornando mais frequente na região.

Em De Bilt, na Holanda, por exemplo, uma onda de calor como a que está prevista para os próximos dias é um evento que ocorreria uma vez a cada 30 anos, aproximadamente, nos anos 1900, de acordo com os cientistas. Agora, é provável que acontece a cada três anos e meio, disseram.

Em Mannheim, na Alemanha, uma onda de calor como a dos últimos dias teria acontecido uma vez por século nos anos 1900, mas agora pode se fazer sentir a cada 15 anos, afirmaram.

Londres também teve o dia mais quente de julho já registrado na quarta-feira (22.07), quando as temperaturas no Aeroporto de Heathrow chegaram aos 36,7 graus Celsius, enfatizaram os cientistas.

Fugindo do calor

Nos Estados Unidos, os americanos também enfrentam uma forte onda de calor e as autoridades divulgam maneiras de evitar o calor extremo e até a morte. Embora no Brasil estejamos acostumados a temperaturas até mais altas, não custa tomar as precações que as autoridades americanas estão divulgando para a população: São elas:

Nunca deixe ninguém em um carro fechado – Carros quentes podem matar crianças ou animais de estimação muito rapidamente.
Faça pausas – Se você tem que estar em um ambiente ao ar livre, os centros de controle e prevenção de doenças recomenda que procure locais com sombras o mais rápido possível.
Check-in geral – Certifique-se de que os vizinhos, particularmente os idosos, estão seguros e em áreas com ar-condicionado e de que os seus animais de estimação têm água potável para beber. Limite o deles e não deixe que andem pelo asfalto quente.

Vestuário – Use roupas leves e de cor clara que absorvem menos calor do sol.

Comer e beber conscientemente – Não espere até sentir sede para beber água ou outros líquidos. Evite álcool e cafeína e bebidas muito açucaradas, que podem desidratar você. Coma pequenas refeições: quanto maior o calor metabólico, maior a perda de água de seu corpo. Frutas e legumes são alimentos embalados em água que irão ajudar a hidratá-lo.

Fique mais frio– Se o seu aparelho de ar condicionado está quebrado e você não pode se transferir para um local onde haja um funcionando, forre as suas janelas com papel alumínio.

Na foto, pessoas se refrescam na fonte Sundance Square, no centro de Fort Worth, Texas, no domingo(26.07)

Fontes: Agência Reuters, Site Olho no Tempo e outras
A.V.

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