O projeto que ganhou patente em 2020, possui baixo custo de produção podendo ser usada para fabricar curativos inteligentes. Testes em laboratório já comprovaram a eficácia do produto. A próxima etapa é testá-lo em humanos. A ideia surgiu nos laboratórios da Universidade do Vale do São Francisco (Univasf), nas unidades Juazeiro e Petrolina, sob a coordenação do pesquisador Helinando Oliveira, que utilizou um sistema de fibras para adicionar uma substância chamada ácido úsnico. A novidade é que o tecido aplicado sobre a pele libera aos poucos o composto químico, inibindo o crescimento e a propagação de bactérias ao mesmo tempo em que protege o ferimento.
De acordo com o coordenador da pesquisa, o objetivo é que o curativo libere aos poucos o medicamento. “Em vez de aplicar uma grande quantidade de medicamento do ferimento, você vai colocar uma quantidade que vai ser liberada aos poucos pelo tecido. Temos também um diferencial inovador que é direcionar esta substância que não é tão comumente aplicada em ferimentos bacterianos. Ou seja, a “cura inteligente” é formada por uma reposição medicinal em um processo diferente e eficaz”, destacou.
O projeto foi desenvolvido em 2014, durante a pós-graduação do estudante Evando Araújo, atual professor do colegiado das Ciências dos Materiais, mas foi recentemente, que o produto ganhou sua patente e se tornou título de propriedade, concedido às soluções inovadoras que possuam aplicação industrial para combater determinados problemas, pelo Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI), órgão do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
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