De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS); seis países, incluindo Dinamarca e Estados Unidos, relataram terem casos de Covid-19 em criações de visons.
Além disso, segundo comunicado da organização; “Até o momento, seis países, a saber, Dinamarca, Holanda, Espanha, Suécia, Itália e Estados Unidos relataram casos de SARS-CoV-2 em criações de visons à Organização Mundial de Saúde Animal”.
Contudo; o anuncio aconteceu após a primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen; anunciar o sacrifício de 15 à 17 milhões de visons do país; por conta da nova mutação transmitida pelos animais. De acordo com o governo do país; a nova mutação que já afetou 12 pessoas pode prejudicar o desenvolvimento uma futura vacina.
Dessa forma, os 12 casos foram relatados em 5 fazendas diferentes. “Os casos ocorreram entre pessoas com entre 7 e 79 anos, oito delas relacionadas com a indústria agrícola de vison e quatro da comunidade local”, informou a OMS.
Mutação
Por outro lado; a OMS alerta que a mutação de um vírus é normal; e uma mutação não significa que se comportará de forma diferente, afirmam cientistas. Além disso, determinar as consequências concretas de uma mutação é complexo.
Mas no caso dessa cepa, chamada de “Cluster 5”, isso implica, segundo os primeiros estudos, uma menor eficiência dos anticorpos humanos, o que ameaça o desenvolvimento de uma vacina contra a covid-19.
Contudo; a OMS alerta que “As observações iniciais sugerem que a apresentação clínica, a gravidade e a transmissão dos indivíduos infectados são semelhantes às de outros vírus circulantes do SARS-CoV-2”.
Dessa forma, segundo o órgão, os resultados preliminares, indicam que esta variante associada ao vison; identificada tanto nos visons quanto nos 12 casos humanos, apresenta “sensibilidade moderadamente reduzida a anticorpos neutralizantes”.
“Dada a escala e complexidade da pandemia de covid-19, precisamos de um conjunto completo de investigações científicas na China e em outros lugares para encontrar o (s) hospedeiro (s) intermediário (s) e as origens do vírus”, disse essa semana à AFP uma porta-voz da OMS, Farah Dakhlallah.