Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que 39 milhões de pessoas são afetados pela cegueira no mundo. Além disso, 246 milhões sofrem de perda moderada ou severa da visão. A maioria dos casos poderia ser evitada, já que cerca de 80% são tratáveis ou preveníeis a exemplo da catarata e deslocamento de retina.
No Brasil existem mais de 6,5 milhões de pessoas com deficiência visual – deste total, cerca de 600 mil são cegas, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Quando o assunto é visão, boa parte da população retarda o tratamento e só vai ao médico quando as coisas acontecem ou o problema é agravado.
O momento atual, também não está favorável à saúde ocular. Com as normas para o distanciamento social impostas pela pandemia do COVID-19, cada vez mais as pessoas estão usando smartphones, tabletes e computadores seja para o trabalho em regime de Home Office, seja para trabalhos escolares ou diversão. E nesse contexto, um fenômeno vem se acentuando: a Síndrome Visual Relacionada a Computadores (SVRC), entre os sintomas: cansaço, sensação de corpo estranho, ardência, dor, irritação, vermelhidão, ressecamento e turvação visual. Estima-se que até 90% dos usuários de computador por mais de três horas diárias apresentam algum tipo de sintoma relacionados à SRVC.
Uma das principais causas desse cansaço visual é o ressecamento ocular (Síndrome do Olho Seco). A diminuição do piscar, associada a outras condições ambientais, oculares e sistêmicas, com o ar condicionado, ventiladores, pouca ingestão de líquidos, uso de medicamentos (diuréticos, betabloqueadores) e o fumo, podem contribuir para agravar a SVRC.
A Saúde ocular também sofre ameaças da Covid-19. Cientistas brasileiros descobriram alteração causada pela doença. Algumas pessoas infectadas pelo coronavírus sofrem mudanças na retina, que podem ser indicadoras de complicações no sistema nervoso central de acordo com estudo feito por pesquisadores do Instituto Paulista de Estudos e Pesquisas em Oftalmologia e do Instituto da Visão, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
A preocupação com a saúde ocular vem desde a barriga da mãe. Doenças como a rubéola, a toxoplasmose e a sífilis podem ser transmitidas ao feto e causar problemas de visão. Os cuidados tomados ainda no pré-natal, devem seguir por todas as etapas da vida.
FONTE: Sociedade Brasileira de Oftalmologia – SITE Retina Brasil
Saúde ocular em tempos de pandemia foi o tema do Programa Excelsior Saúde desta terça-feira que também lembrou a campanha Junho Violeta que faz um alerta ao Ceratocone doença que se não for tratada, pode levar à necessidade de transplante de córnea.
Patricia Tosta conversou com Filipe Lucatto Adaami médico oftalmologista especialista em Retina
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