Idosos brasileiros precisam se movimentar mais

Idosos brasileiros precisam se movimentar mais

idososhidroAs doenças crônicas são responsáveis por 72,4% dos óbitos dos brasileiros. O Ministério quer diminuir em 2% ao ano o número de mortes por estas doenças até 2022. O investimento no Sistema Único de Saúde em Atenção Básica, responsável por resolver até 80% dos problemas de saúde, cresceu 106% em quatro anos, chegando a R$ 20 bilhões em 2014. São quase 40 mil equipes de Saúde da Família, cobrindo 60% da população. As equipes contam com o apoio de profissionais, como nutricionistas, fisioterapeutas e de educação física que ficam nos 3.923 Núcleos de Apoio à Saúde da Família. Também são realizadas ações de promoção à saúde com mais de 18 milhões de alunos do ensino fundamental por meio do Programa Saúde na Escola.


Mais de três milhões de mortes no mundo todo ano são atribuídas à atividade física insuficiente, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) e o sedentarismo é o quarto maior fator de risco de mortalidade global, responsável por pelo menos 21% dos casos de tumores malignos na mama e no cólon, assim como 27% dos registros de diabetes e 30% das queixas de doenças cardíacas.


O sedentarismo está relacionado ao aparecimento de doenças crônicas, como câncer, hipertensão, diabetes e obesidade. No mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde, 31% dos adultos com 15 anos ou mais não são suficientemente ativos. Esse índice no Brasil, segundo o Vigitel 2014, pesquisa divulgada  nesta quarta (15) pelo Ministério da Saúde, somando apenas as pessoas com mais de 18 anos, é de 48,7%. O desafio assumido pelo Ministério da Saúde é reduzir esse percentual a 10% até 2025.


Embora o número de pessoas que afirmam praticar atividade física seja maior que aqueles que não se exercitam, ainda é alto o índice da população fisicamente inativa, ou seja, que afirmam não ter feito nenhuma atividade nos últimos três meses: 15,4% dos entrevistados. Os mais inativos são os idosos com 65 anos ou mais (38,2%), mas 12% dos jovens de 18 a 24 anos disseram também não ter feito esforços físicos. Apesar disso, o hábito de ver televisão cai: o índice de pessoas que passam mais de três horas de frente para a telinha passou de 31% para 25,3% em nove anos.


Outro hábito positivo para a saúde do brasileiro é que as frutas e hortaliças estão presentes na rotina da população. Do total de entrevistados, 36,5% disseram consumir esses alimentos cinco ou mais dias da semana. Mas o índice cai para 24,1%, equivalente a um quarto da população, quando se considera a quantidade recomendada pela OMS – cinco ou mais porções diárias, 400 g. As mulheres são as que mais diversificam seus pratos. O consumo recomendado de frutas e hortaliças entre elas sobe para 28,2% enquanto entre os homens cai para 19,3%.


Já o consumo de carnes com excesso de gordura caiu. Entre 2007 e 2014, o percentual de entrevistados que disseram consumir esses alimentos passou de 32,3% para 29,4%. Nesse caso, os homens consomem duas vezes mais, com 38,4%, enquanto entre as mulheres o índice é de 21,7%. Apesar da busca por carnes mais magras, o sal continua bem presente no prato do brasileiro. A frequência de adultos que consideram seu consumo de sal muito alto ou alto foi de 15,6%, sendo maior entre os homens (17,4%). Esse percentual cai com a idade, mas aumenta com os anos de escolaridade.


Segundo o Vigitel 2014, a percepção da população ainda é baixa em relação ao consumo de sal em excesso. O percentual deve ser ainda maior, uma vez que o estudo da POF/IBGE de 2008 mostrou que, naquela época, o consumo de sódio do brasileiro excedia em mais de duas vezes o limite máximo recomendado pela OMS, cinco gramas por dia. A média nacional é de 12 gramas.
O consumo de refrigerantes e doces também está caindo. Dados de 2014 apontam que 20,8% da população toma refrigerante cinco vezes ou mais na semana, menor que o índice de 2007 (30,9%). Já os alimentos doces estão na rotina cinco ou mais dias da semana de 18,1% da população, sendo mais presentes nas refeições das mulheres (20,3%) que dos homens (15,8%). 


A pesquisa mostrou ainda mudanças na alimentação relacionadas às rotinas mais modernas das famílias. Do total, 16,2% da população substitui o almoço ou a janta por lanche sete ou mais vezes na semana. Mesmo assim o consumo do feijão, tão popular no prato do brasileiro, permanece alto: 66% dos adultos consomem feijão cinco ou mais dias na semana.


O acompanhamento desses números orientam as ações do Ministério da Saúde, que tem priorizado a promoção da saúde e a prevenção de doenças. Uma das metas do Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT), lançado em 2011, é deter o crescimento da obesidade e excesso de peso no país, bem como incentivar a adoção de hábitos saudáveis entre a população.


Sobre o incentivo a prática de atividade física destaca-se o Programa Academia da Saúde, que já conta com 1.568 polos com equipamentos e profissionais qualificados. Além disso, o novo Guia Alimentar para a População Brasileira e o livro Alimentos Regionais Brasileiros do Ministério da Saúde orientam as famílias a optarem por refeições caseiras e evitarem a alimentação  fast food. 


O Ministério da Saúde apresenta também a campanha “Da Saúde se Cuida Todos os Dias”, com foco na Política Nacional de Promoção da Saúde, cujo objetivo é incentivar mudanças individuais e de comportamento da população. As informações serão divulgadas por meio de peças publicitárias e pelo portalwww.saude.gov.br/promocaodasaude.
Fonte: Agência Saúde
 

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