De acordo com novo estudo sobre os testes da vacina Coronavac; publicado na revista científica The Lancet. O imunizante mostrou segurança e resposta imune satisfatória durante as fases 1 e 2 de testes.
Participaram do estudo 743 pacientes. Além disso; de acordo com o artigo; os participantes eram adultos saudáveis entre 18 a 59 anos; a escolha dos voluntários aconteceu aleatoriamente, entre os escritos para receber duas doses da vacina experimental: dose baixa de 3 microgramas, dose alta de 6 microgramas, ou placebo. Dessa forma, segundo a pesquisa, as respostas de anticorpos foram induzidas no prazo de até 28 dias após a primeira imunização.
Pontos do estudo
- Fases 1 e 2 envolveram 743voluntários saudáveis na China, de 18 a 59 anos. Na fase 1, foram 143; na fase 2, 600.
- Vacina tem duas doses e parece ser segura e bem tolerada.
- Efeito colateral mais comum relatado foi dor no local da injeção.
- Objetivo principal desta etapa da pesquisa foi avaliar a resposta imune e segurança da vacina.
- Estudo não avaliou a eficácia na prevenção da infecção por Covid-19.
- Novos estudos serão necessários para testar a vacina em outras faixas etárias; bem como em pessoas que tenham condições médicas pré-existentes.
Resposta dos anticorpos
De acordo com o artigos; os voluntários que receberam o imunizante estavam divididos em dois grupos; um recebeu a dose mais baixa (3µg) e outra a mais alta (6µg). A dose mais baixa foi considerada a mais indicada, e 97% dos que a receberam tiveram a produção de resposta imune.
Contudo; o estudo não analisou a taxa de eficácia da vacina. Essa etapa mostraria a proporção de redução de casos de Covid entre o grupo vacinado comparado com o grupo não vacinado. Dessa forma, a pesquisa avaliou a resposta imune gerada, dado que não necessariamente garante a eficácia da vacina.
Além disso, ao analisar a resposta imune, o estudo das fases 1 e 2 focou apenas na quantidade de anticorpos. Apesar disso; a pesquisa não avalia o comportamento das células T (ou linfócitos T), que fazem parte do sistema imunológico e são capazes de identificar e destruir células infectadas.
De acordo com a pesquisa, a taxa de anticorpos neutralizantes encontrada no sangue dos voluntários esteve abaixo (entre 2,5 e até seis vezes) do que é verificado em pacientes que já foram infectados pela Covid.
Ainda assim, os pesquisadores acreditam que a CoronaVac pode fornecer proteção suficiente contra Covid-19, avaliação que eles fizeram com base em suas experiências com outras vacinas e nos dados de estudos pré-clínicos com macacos.