Especialista estima que sete mil baianos são acometidos por lúpus

Especialista estima que sete mil baianos são acometidos por lúpus

O reumatologista Mittermayer Santiago estima que sete mil baianos e dois mil soteropolitanos são acometidos com lúpus. A maioria desses pacientes são mulheres em idade reprodutiva e pessoas da raça negra.

Exposição ao sol e questões hormonais são fatores que influenciam diretamente no desenvolvimento da doença. Como os primeiros sinais nem sempre são claros, é comum que pacientes em estágio inicial apresentem manchas que parecem rubor nas bochechas, fadiga e febre baixa.

A maioria dos médicos e pesquisadores do assunto afirmam que o lúpus é um verdadeiro quebra-cabeças, que nenhum fator ambiental é determinante à doença. Apesar de não haver cura, com tratamento adequado, o problema crônico pode ter seus sintomas amenizados, e garantir que todos estejam bem. Após o diagnóstico, resta aos pacientes seguir a risca todas as indicações médicas.

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O especialista declarou ao Saúde no Ar que a rede de assistência a pessoa com Lúpus na Bahia, no serviço público, se concentrava apenas no ambulatório de referência que pertence a Escola Baiana de Medicina e os médicos que atuavam eram voluntários. Devido à falta de recurso para manter o funcionamento do espaço, os atendimentos foram transferidos para o Hospital das Clínicas (HC) e ganhou apoio da secretária Estadual de Saúde (Sesab), que disponibilizou médicos para reforçar a equipe do (HC). O paciente de lúpus precisa acompanhar seu tratamento com medicamentos por toda a vida. Em alguns casos o quadro não se agrava e apenas medicamentos solucionam os sintomas. Mas em outros, há necessidade de internamento.

Mittermayer, também ressaltou que há poucos reumatologistas sendo formados na Bahia. Segundo ele, por ano forma-se menos de duas pessoas na especialidade. Outra questão apontada pelo médico é a queixa dos pacientes dos municípios baianos sobre a falta de medicamento nas farmácias básicas, o que prejudica a programação do tratamento.

No dia 10 de maio celebra-se o Dia Internacional do Lúpus. A campanha ajuda a conscientizar a sociedade para a importância do diagnóstico logo no início da manifestação da doença. O atraso compromete o tratamento. Os ativistas da causa pedem que o lúpus seja mais divulgado em todas as áreas da medicina e da sociedade.

Ouça o comentário completo do médico reumatologista Mittermayer Santiago:

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