O Hospital Estadual da Criança (HEC) esteve repleto de crianças autistas neste sábado (05) que, acompanhadas de seus pais, participaram de diversas atividades lúdicas e educativas promovidas pelo grupo multiprofissional do programa Rotary Saúde Móvel Novo Mundo.
“O projeto Saúde Móvel se insere nas políticas de envolvimento com a comunidade e com as novas gerações que a entidade filantrópica realiza, através de ações sociais beneficentes e multiplicadoras“, afirma Durval Freire Olivieri, membro do Rotary Club Internacional.
Graças à parceria firmada entre a Liga Álvaro Bahia Contra a Mortalidade Infantil (LABCMI) e o Rotary Club International, cerca de 30 crianças portadoras do transtorno do autismo, com idades entre 03 e 15 anos, foram beneficiadas com a ação, que está em sua segunda edição.
A equipe multiprofissional foi composta por nutricionista, terapeuta ocupacional, neuropediatra, pediatra, enfermeira e fonoaudióloga. De acordo com a pediatra e diretora de saúde da Liga Álvaro Bahia Contra a Mortalidade Infantil (LABCMI), Adriana Cardoso Gotschald, a iniciativa deve alcançar outras cidades do Estado quinzenalmente.
“A ideia é que a cada 15 dias, após a inauguração do Centro de Referência ao Autismo Novo Mundo, o ônibus percorra vários municípios da Bahia visitando as APAES, Caps infantis e também outras unidades“, explica Adriana.
A terceira edição está prevista para acontecer no dia 02 de abril, comemorando o Dia Mundial da Conscientização do Autismo. Um mapeamento foi feito para levantar informações sobre os Centros de Atenção Psicossocial e Saúde Mental em todo o território baiano e mais de 60 já foram cadastrados.
“Com as visitas quinzenais, serão dois centros visitados a cada mês, e depois pretendemos fazer parcerias com a área de educação para implementação nas escolas“, afirma a pediatra.
O objetivo é orientar as famílias e os educadores sobre a melhor forma de tratar e cuidar da criança portadora do autismo, alertando a sociedade sobre a importância do diagnóstico precoce para que o encaminhamento possa ser feito adequadamente.
“Quando o autismo não é tratado, ele pode se tornar uma doença que ocasiona a exclusão social, por isso, buscamos estimular nas comunidades o cuidado com as crianças autistas“, ressalta Durval Freire Olivieri.
Redação Saúde no Ar*
Ana Paula Nobre