Pernambuco confirmou três casos de pacientes infectados pelo fungo Candida auris, a Secretaria Estadual de Saúde investiga a cadeia de transmissão.
De acordo com o governo local, os dois primeiros casos são de homens com idades de 48 anos e 77 anos, internados por outras motivações, que não apresentaram repercussões clínicas decorrentes do diagnóstico pelo fungo. O terceiro paciente, acompanhado em hospital privado do Recife, trata-se de um homem de 66 anos, que teve o diagnóstico em 22 de maio.
Assim, desde a confirmação dos casos, a secretaria estabeleceu ações de bloqueio e controle da propagação do fungo. As medidas incluem o reforço na limpeza e desinfecção de ambientes.
Apesar do mecanismo de transmissão da C. auris dentro dos serviços de saúde ainda não é totalmente conhecido. Contudo, evidências iniciais sugerem que há disseminação por contato dos internados com superfícies ou equipamentos contaminados.
Para identificar, prevenir e controlar infecções pelo microrganismo em serviços de saúde do estado, a secretaria criou um comitê técnico para acompanhar o cenário.
Ao contrário da maioria dos fungos ambientais, o C. auris apresenta tolerância a temperaturas elevadas de 37°C a 42°C. Além disso, conta com uma capacidade de sobreviver a condições ambientais adversas por longos períodos, adaptando-se fora do hospedeiro humano.
Essas características aumentam o risco de surtos hospitalares, uma vez que a colonização e as infecções podem ter origem em fontes ambientais, como dispositivos médicos contaminados e mãos de profissionais de saúde.
De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, os sintomas mais comuns são febre e calafrios que não melhoram após o tratamento com antibióticos para uma suspeita de infecção bacteriana.