Bahia lidera acidentes por fogos

Bahia lidera acidentes por fogos

A festa junina culturalmente é uma época que as pessoas mais soltam fogos de artifícios- desde um simples traque às bombas mais barulhentas. Há também as que produzem faíscas coloridas, os foguetes que “correm” atrás das pessoas ou giram no ar, como cobrinhas e carrapetas, enfim, um verdadeiro arsenal. Existe um grande perigo em toda essa brincadeira, são as queimaduras, que podem levar o indivíduo à morte.

Segundo o levantamento feito pelo Conselho Federal de Medicina a Bahia é o estado com o maior número de internações em decorrência de ferimentos causados por fogos de artifício.

O manuseio inadequado de fogos de artifício levou à internação hospitalar mais de cinco mil pessoas entre os anos de 2008 e 2017, segundo levantamento elaborado pelo Conselho em parceria com as Sociedades Brasileiras de Cirurgia da Mão (SBCM) e de Ortopedia e Traumatologia (SBOT).

Nos últimos 21 anos, o Brasil registrou 218 mortes por acidente com fogos de artifício. No período, foram 84 acidentes fatais na região Sudeste, seguido de 75 na região Nordeste e 33 na região Sul. Já nas regiões Centro-Oeste e Norte, foram registrados, juntos, 26 óbitos.

Além de mortes – aproximadamente dez a cada ano –, o uso de fogos de artifício pode provocar queimaduras, lesões com lacerações e cortes, amputações de membros, lesões de córnea ou perda da visão e lesões auditivas. 2008 a 2017, 5063 pessoas em todo o Brasil foram internadas na rede pública de saúde após acidente com fogos e 114 morreram. Somente na Bahia, foram 1037 internamentos, e Salvador é a cidade com mais internações no período.

O estudo feito pelo Conselho Federal de Medicina mostra que são registradas, em média, 40 internações por mês nas unidades públicas de saúde do país por causa de acidentes com fogos. Em junho, quando se tem a tradição de animar festas com fogos, o número médio de internações passa para 80.

“A grande maioria [das vitimas] fica com sequelas e mutilações definitivas, desde a perda de um dedo à perda da mão e do braço, surdez e até mesmo cegueira. Esse ano estamos preocupadíssimos porque tem uma variável nova, que é a Copa do Mundo e as pessoas constumam festejar a Copa com estampidos, com bombas, com fogos. Isso tende a duplicar esse cenário que já é trágico com as festas juninas”, afirma o vice-presidente do Conselho Federal de Medicina, Jecé Brandão.

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Redação Saúde no Ar

Fonte:Conselho Federal de Medicina

Foto:Internet

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