16 de abril – Dia Mundial da Voz

As comemorações que deram origem ao Dia Mundial da Voz começaram no Brasil em 1999 como resultado de uma iniciativa de médicos, fonoaudiólogos e professores de canto que pertenciam à antiga Sociedade Brasileira de Laringologia e Voz (SBLV).

O exemplo brasileiro foi seguido por outros países, como Argentina e Portugal, e a data passou a ser reconhecida e celebrada em vários países. Nos Estados Unidos, a Academia Americana de Otorrinolaringologia – Cirurgia de Cabeça e Pescoço reconheceu oficialmente esta data em 2002, recebendo o nome de ‘Dia Mundial da Voz’.

Problemas vocais podem prejudicar vida pessoal de professores e aprendizado de alunos, dizem especialistas

Incômodos que permaneçam por mais de 15 dias podem indicar casos sérios de lesões nas cordas vocais e exigem avaliação de profissional especializado

Os problemas vocais causados pelo uso excessivo da voz podem prejudicar a vida pessoal de professores e o aprendizado de alunos, dizem especialistas do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE). O som baixo e instável das cordas vocais cansadas ou lesionados dificulta a comunicação desses profissionais e consequentemente que os estudantes escutem e se atentem. Entre os principais sinais do problema estão: rouquidão, falha ao falar e voz mais grossa ou mais fraca. Dia 16 de abril, o “Dia Mundial da Voz” marca a importância da conscientização sobre os cuidados com a voz para mantê-la saudável.

A voz é um dos principais instrumentos de trabalho dos professores. É por meio dela que ensinam e instruem os alunos. Porém, o ambiente escolar pode ser barulhento e exigir o uso intenso da voz. Por isso, em alguns momentos, precisam aumentar o volume e potência da fala para competir com sons externos ao da sala de aula.

Ao forçar a voz, os professores podem lesionar e desenvolver nódulos nas pregas vocais. Os problemas estão relacionados a alterações permanente nas cordas e à afonia, perda total da voz. Também causa danos à vida social e à profissional, pois a dificuldade de projetar a fala atrapalha a comunicação. No caso dos professores, prejudica a explicação do conteúdo e consequentemente no aprendizado dos alunos, que não o escutam e se dispersam com mais facilidade.

A fonoaudióloga do HSPE Juliana Santarosa explica também que em seu consultório é comum os professores relatarem hábitos prejudiciais à saúde da voz. “Eles precisam falar alto e por muito tempo e, muitas vezes, ingerem pouca água e fazem refeições com intervalos longos”, comenta a especialista.

Também traz prejuízos vocais o uso de pastilhas e chás para suavizar incômodos causados pelo uso excessivo da voz. Apesar de trazerem alívio, as alternativas podem mascarar sintomas e facilitar o desenvolvimento de problemas sérios nas pregas vocais. Caso os sinais não desapareçam em 15 dias, deve-se procurar por atendimento especializado.

Confira abaixo dicas aos professores para manter a saúde da voz:
– Tomar pequenos goles de água durante longos períodos de fala;
– Evitar falar enquanto escreve no quadro, pois o objeto atrapalha a propagação do som, facilitando a imposição intensa e desnecessária da voz;
– Utilizar microfone e outras ferramentas para aumentar o volume da voz e diminuir o esforço das pregas vocais;
–  Alimentar-se regularmente e manter uma dieta balanceada, uma vez que nutrição e hidratação adequadas estão relacionadas a boa saúde da voz;
– Ter uma boa noite de sono, pois durante o descanso o corpo se repara dos danos causados no período de atividades intensas.

Sobre o Iamspe

O Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de São Paulo (Iamspe) é o sistema de saúde do servidor público estadual. Com uma rede de assistência própria e credenciada presente em mais de 160 municípios, o Iamspe oferece atendimento a 1,3 milhão de pessoas, entre funcionários públicos estaduais e seus dependentes.

São mais de duas mil opções de atendimento no Estado, incluindo hospitais, clínicas de fisioterapia, médicos e laboratórios de análises clínicas e de imagem, além de postos de atendimentos próprios no interior, os Ceamas, e o Hospital do Servidor Público Estadual, na Capital. O Iamspe é um órgão do Governo do Estado de São Paulo, vinculado à Secretaria de Gestão e Governo Digital.

 

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