Na rede privada de hospitais do Rio de Janeiro, a taxa de ocupação de leitos exclusivos para pacientes com Covid-19 caiu para menos de 30%. No mês de maio, a taxa foi de 97%. Mesmo com a queda,médicos e especialistas alertam que a pandemia não chegou ao fim e é preciso tomar cuidado com novas contaminações e prevenção.
“Essa pressão continuou até meados de junho, quando a gente teve uma redução gradativa, tanto na emergência quanto nos outros setores de internação. Em julho, nós temos taxas menores, uma pressão menor e uma quantidade de internados bem menor. Isso se deve a 3 fatores: uma menor taxa de contágio; uma maior expertise nesse tratamento; e uma melhor logística da rede hospitalar em distribuir esses leitos para o tratamento da Covid-19”, diz Graccho Alvim, diretor da Associação de Hospitais do Estado do Rio de Janeiro.
O Hospital Samaritano, na Zona Sul, depois de 137 dias, a ala de tratamento para o coronavírus está vazia. Já o Hospital Unimed Rio informou que está próximo de ter apenas 10% do número de pacientes em relação ao pico da pandemia. A Rede D’Or explicou que o Hospital de Campanha Lagoa-Barra tem atualmente 60 pacientes de Covid-19. No auge da pandemia, 90% dos 200 leitos ficaram ocupados. Na rede pública o cenário ainda requer maior preocupação, segundo a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, o município possui 937 leitos para Covid-19. Deste total, 251 são leitos de UTI. O número de leitos especializados na rede é maior do que a demanda por internações para tratamento da doença, o município tem 68% dos leitos ocupados. Já a taxa de ocupação nos leitos de enfermaria é de 44%.