Dez mil mortes por dia. Esse é o número de óbitos registrados em decorrência do consumo de cigarro em todo planeta, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). O estudo indica ainda que o tabaco é a principal causa de morte no mundo, seguida pelo álcool e pela inalação indireta do fumo, ou seja, que atinge aquele indivíduo que convive com fumantes. Apesar dos números alarmantes, o Ministério da Saúde destaca Salvador como a capital brasileira com o menor índice de fumantes, onde 5,2% da população adulta declara fazer uso do cigarro. Segundo a Secretaria de Saúde Municipal, Salvador é a cidade com o menor índice de fumantes do Brasil.
O baixo consumo de tabaco na capital baiana é atribuído, além da conscientização da população, ao intenso trabalho realizado pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS), que em 2006 implantou o Programa Municipal de Controle do Tabagismo, tendo tratado aproximadamente cinco mil pacientes nas unidade, sendo que 40% pararam de fumar.
O tratamento totalmente gratuito oferecido nas unidades de saúde do município consiste, inicialmente, por uma avaliação clínica e um teste para estimar o grau de dependência química e psicológica dos pacientes. A partir daí, os usuários passam a participar de sessões de grupo para discutir as doenças relacionadas ao tabaco e as vantagens de se parar de fumar. Os dependentes que tiverem necessidade são encaminhados para tratamento uso de medicamentos, também oferecidos gratuitamente pelo SUS.
Os interessados em parar de fumar podem se cadastrar em uma das 27 unidades municipais que contam com o Programa de Tabagismo. Maiores informações através do 3202-1050.
Data – O Dia Mundial Sem Tabaco – 31 de maio – foi criado em 1987 pela OMS para alertar sobre as doenças e mortes evitáveis relacionadas ao tabagismo. O tabaco mata aproximadamente seis milhões de pessoas por ano. Destas, mais de 600 mil são fumantes passivos. Se nada for feito, até 2030 a estimativa é que a epidemia mate cerca de oito milhões de pessoas por ano. Outro dado alarmante da OMS é que cerca de 80% dessas mortes evitáveis estarão entre as pessoas que vivem em países de baixa e média renda.
JR.
Fonte: AGECOM.