Relógios inteligentes logo poderão servir para mais alguma coisa além de mostrar as horas?
O equipamento ainda está em fase de protótipo, mas é capaz de alertar pessoas com asma, bronquite e outras doenças respiratórias da iminência de um ataque, dando tempo para que elas evitem o problema.
Para isso, o aparelho monitora o ambiente em busca de fatores que possam disparar o ataque, além de acompanhar informações do próprio usuário, como frequência cardíaca e ritmo respiratório, compondo um conjunto que permite emitir um alerta.
Confira também:
"Prevenir um ataque [de asma] pode ser tão simples quanto ir para dentro de casa ou fazer um intervalo em uma rotina de exercícios," explica o professor James Dieffenderfer, que desenvolveu o aparelho com seu colega Alper Bozkurt, ambos da Universidade Estadual da Carolina do Norte (EUA).
Chiados nos pulmões
O aparelho incorpora uma série de sensores só recentemente desenvolvidos, que foram incorporados em uma pulseira e em um adesivo que adere ao peito.
Os sensores no adesivo permitem monitorar o movimento do paciente, a frequência cardíaca, frequência respiratória, quantidade de oxigênio no sangue, impedância da pele e chiados nos pulmões.
Os sensores na pulseira são voltados para monitorar os fatores ambientais, como a presença de compostos orgânicos voláteis e ozônio no ar, assim como a temperatura e a umidade.
Espirômetro
O sistema inclui também um componente de utilização facultativa e não-contínua: um espirômetro, que os pacientes podem inalar várias vezes ao dia para avaliar a função pulmonar.
"Hoje, as pessoas com asma precisam usar um medidor de pico de fluxo para medir a função pulmonar em uma base diária," explica Dieffenderfer. "Essa informação é usada para estabelecer a dosagem de medicamentos utilizados em seus inaladores. Para o nosso aparelho, desenvolvemos um espirômetro auto-alimentado personalizado, que coleta informações mais precisas sobre a função pulmonar e alimenta o sistema com os dados."
O aparelho entrará agora na fase de testes, quando a equipe espera verificar se há necessidade de incluir outros sensores para flagrar todos os ataques de asma.
Fonte: Diário da Saúde
Redação Saúde no Ar*
João Neto