Nesta quinta- feira ( 04/07) durante a abertura do Seminário Interfama – Inovação Tecnológica na Saúde e o Valor para o Paciente, em Brasília, o ministro da saúde, Henrique Mandetta afirmou que o país jamais deveria quebrar patentes de medicamentos porque isso prejudica a inventividade e o tempo gasto pela iniciativa privada com pesquisas e pesquisadores.
“Não é bom ameaçar quebras de patente. O país jamais deveria fazer isso. Temos de zelar pela inventividade e pelo tempo gasto no balcão de pesquisa e no balcão dos nossos pesquisadores. Sei que cada um de vocês gasta hoje algumas centenas de milhares de dólares para fazer seus sistemas de compliance [para estar em conformidade com leis e regulamentos], e que essa palavra passou a ser obrigatória nas empresas”, afirmou Mandeta.
Foi na gestão de José Serra que o Brasil quebrou patentes de medicamentos,inclusive isso foi essencial para que o país pudesse ter com custo bem menor, os coquetéis usados para prolongar a vida dos portadores de AIDS.
Ao se dirigir a representantes do setor de saúde, o ministro disse ser o setor privado que produz, cabendo ao governo o papel de estimular iniciativas de produção.
“O Ministério da Saúde tem grande expectativa em relação ao setor. O século 21 será maravilhoso para se viver. Cada um de vocês pode estar na iminência de anunciar mais um passo; mais um avanço. Após decifrarmos o genoma e colocarmos esse quebra-cabeça à disposição da ciência e da indústria farmacêutica, sabíamos de antemão que teríamos o século de inovações na área genética”, disse o ministro.
Mandetta defendeu a criação do Instituto Brasileiro de Genética. “Não podemos ficar com a dependência tecnológica tão perigosamente elevada”, afirmou.
O ministro também defendeu uma maior transparência no cálculo dos preços cobrados por medicamentos.