Projeto Y Rosa criado por tatuador para redesenhar aréolas de mulheres que venceram o Câncer de Mama

O projeto Y Rosa, criado em 2017 pelo tatuador Yurgan Barret no Rio de Janeiro chega a sua 3° edição. Este ano o projeto será realizado em Florianópolis, Santa Catarina, nos dias 17 e 18 de julho. O Y Rosa tem como objetivo reconstruir aréolas de mulheres de venceram o câncer de mama. O tatuador atenderá gratuitamente mulheres mastectomizadas e que desejam redesenhar suas aréolas.

Segundo Yurgan, a iniciativa foi motivada pela história da avó, vítima do câncer de mama. “Acredito que nossa pele conta nossa história. Aprendi que há histórias que queremos contar, mas algumas queremos ressignificar, superar ou deixar para trás”, diz o tatuador.
O projeto que já contou com outras duas edições no Rio de Janeiro, estará pela primeira vez em Florianópolis. Aa vagas são limitadas, é possível obter informações através do perfil no tatuador no Instagram @yurganbarret. Poderão fazer parte do projeto mulheres que já fizeram a reconstrução da mama e possuem autorização medica para tatuar a área, o medo utilizado será o mesmo das tatuagens artísticas realistas.

Segundo pesquisa realizada pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), o câncer de mama é um dos três tipos de maior incidência, sendo o que mais atinge as mulheres em 154 países dos 185 analisados. A pesquisa revela que uma a cada quatro mulheres diagnosticada com câncer, têm câncer de mama, representando 24,2% do total.

A pesquisa relata ainda que no Brasil, para o ano de 2019, foram estimados 59.700 novos casos, representando um total de 51,29 casos por 100 mil mulheres. No Brasil a única região com menor incidência deste tipo de câncer é a região Norte, onde o de colo de útero é mais frequente.

O aparecimento da doença é mais frequente em mulheres a partir dos 40 anos. O diagnóstico precoce é uma das principais causas da redução do risco de mortalidade pela doença. Segundo o INCA é possível reduzir em 28% o risco de uma mulher desenvolver câncer de mama a partir da adoção de alguns hábitos: praticar atividade física regularmente; alimentar-se de forma saudável; não fumar; ter o peso corporal adequado; não ingerir bebidas alcoólicas; evitar uso de hormônios sintéticos em altas doses. O diagnóstico precoce possibilita que as chances de cura sejam muito maiores, chegando a 95%. A FEMAMA e a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) recomendam que a mamografia seja realizada anualmente de forma regular a partir dos 40 anos, como define a Lei 11.664/2008.

Acredito que nossa pele conta nossa história. Aprendi que há histórias que queremos contar, mas algumas queremos ressignificar, superar ou deixar para trás O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres depois do de pele. Sinto que precisamos de alguma forma ajudar essas mulheres a retomarem sua autoconfiança”, diz Yurgan.

Por: Joice M Araujo

Fonte: https://www.femama.org.br/2018/br/noticia/o-cancer-de-mama-em-numeros

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