Macrobiótica e seus benefícios

Macrobiótica e seus benefícios

A macrobiótica é uma filosofia criada pelo japonês George Ohsawa em 1930, trazida e adaptada ao Brasil pelo também japonês Tomio Kikuchi, seu discípulo. Baseada no principio yin e yang (duas energias opostas que se equilibram) a macrobiótica prega um estilo de vida em harmonia com a natureza e uma alimentação simples, baseada no consumo de cereais integrais, principalmente arroz integral cateto, leguminosas, raízes, legumes, algas, sementes e algumas frutas. Ocasionalmente pode ser consumidos alimentos de origem animal como peixes de escamas de preferencia pequenos e pescados na região.

A dieta macrobiótica utiliza alguns alimentos pouco consumidos na dieta habitual, porém muito ricos nutricionalmente como as raízes bardana e nabo; a soja é consumida na forma fermentada como tofu, tempeh, missô e shoyu. Em menor quantidade se consome alimentos crus e frutas da estação e de preferencia produzidos localmente.

No preparo dos alimentos são utilizados temperos naturais como sal marinho e shoyu de fermentação natural e é comum adicionar algumas algas ricas em cálcio e ferro para aumentar o valor nutricional das preparações. Além disso, há uma preocupação em utilizar o mínimo de água para o cozimento evitando a perda de nutrientes, recomenda-se o aproveitamento integral dos legumes e as cascas, quando possível, não são retiradas.

Além da importância da alimentação é enfatizado que cada indivíduo observe outros fatores como a mastigação, a respiração, o movimento do corpo e o pensamento.

Apesar do professor Tomio Kikuchi não utilizar o termo proibição, por considerar uma dieta de livre arbítrio, onde se pode comer de tudo com critério e percepção da sua condição individual observando as reações de cada organismo é excluída da dieta macrobiótica alimentos refinados, açucares, bebida alcoólica, carne vermelha, leite e derivados, alguns vegetais como batata, beterraba, tomate, pimentão e berinjela.

A macrobiótica no passado foi muito criticada pelo seu radicalismo e carrega até hoje um preconceito por conta das restrições alimentares praticadas naquela época. Era comum aos seus praticantes fazer 7 ou mais dias de arroz, como uma forma de desintoxicar ou mesmo como uma limpeza para aderir a filosofia. Essa prática restritiva causava uma série de carências nutricionais além de uma perda severa de peso. Hoje, o professor Tomio Kikuchi condena essa prática e é a favor de uma alimentação variada e consciente observando a necessidade de cada individuo e valorizando o autoconhecimento e o autocontrole.

Luana Benítez

O assunto foi tema do quadro “Comer e Ser”, veiculado às Segundas-feiras pelo programa Saúde no ar, com transmissão pelas Rádios Excelsior AM 840  e  Web Saúde no ar. Este mês de setembro a nutricionista e uma das proprietárias do Restaurante Natural Gergelim, Luana Benítez  será uma das colaboradoras do quadro e da coluna Alimentação.

Ouça o comentário de Luana Benítez : 

Desde oLOGO NUTRIÇÃO UFBA ano de 2017 a Escola de Nutrição/UFBA,desenvolve o projeto de Extensão,“Nutrição, ambiente e saúde no ar: comunicação em saúde e cidadania”, sob a coordenação da Professora Ma.Neuza Maria Miranda dos Santos e colaboração da aluna bolsista do projeto Permanecer, Marianna Menezes Santos. Para participar do Projeto que tem como objetivo apresentar e discutir temas de saúde, em seu conceito ampliado, além de difundir informações científicas sobre nutrição, alimentação saudável e qualidade de vida, basta enviar perguntas ou sugestões de temas.

Foto: Luana Benítez 

Fonte: Luana Benítez

Redação Saúde No Ar

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