Obesidade um olhar da psicologia

Obesidade um olhar da psicologia

Ao contrário do que muita gente pensa, ser obeso, na maioria das vezes, não é uma escolha de vida. É sabido que a obesidade é considerada uma condição de adoecimento que envolve múltiplos fatores desde a dimensão genética, metabólica e hormonal, assim como aspectos sócio-culturais, psicológicos e comportamentais e que atualmente é considerado como epidemia. A obesidade não é considerada um transtorno psiquiátrico, porém encontra-se, quase sempre, associada alguma comorbidade psiquiátrica. Dessa maneira, a inserção de um profissional de saúde mental dentro do contexto do programa de tratamento clínico para obesidade torna-se extremamente relevante. Neste sentido, a realização de um psicodiagnóstico no que diz respeito a fatores subjetivos associados ao processo de ganho de peso do paciente pode colaborar com a atuação dos outros profissionais da equipe assim como do paciente.

A psicologia compreende a obesidade como um sintoma de alguma desordem contextual do sujeito que terá o corpo como uma forma de expressão deste mal-estar. Esta abordagem não está voltada para fatores etiológicos da obesidade em si, mas sim a do sintoma “comer demais”. O que pode ser visto como uma defesa subjetiva do sujeito no enfrentamento das questões diante da vida e que se manifesta através de diversos sintomas emocionais. No que tange a avaliação psicodiagnóstica do paciente candidato ao tratamento clínico para obesidade, o psicólogo procura verificar aspectos psicológicos conscientes e inconscientes associados à obesidade, a estrutura da personalidade do paciente, e seus consequentes mecanismos de defesas, fantasias, expectativas, estratégias de enfrentamento e recursos psíquicos para lidar com o processo de emagrecimento.

Alguns pesquisadores relacionam a adesão ao tratamento clínico para obesidade com adesão à dieta, entretanto esse termo se refere a numerosos outros comportamentos essenciais à saúde que vão além de seguir a prescrição de medicamentos e dietoterapia. Envolvem questões referentes à subjetividade, mudança de hábitos, novas formas de vinculação com o outro e seu próprio corpo, compreensão de valores e crenças em relação à saúde e ao tratamento questões que permeiam variados aspectos da vida do paciente e que precisam ser cuidados.

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Hélder Farias-Psicólogo CRP 03/7573
(71) 99203-7886

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