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Brasileiros querem mais sexo

sexo-opovoUm estudo feito pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP apontou que os brasileiros fazem 2,9 relações sexuais por semana, mas, se pudessem, gostariam de ter 5,5 por semana. Os números são da pesquisa Mosaico 2.0, conduzida pela psiquiatra Carmita Abdo, coordenadora do Projeto Sexualidade (ProSex).

O levantamento ouviu 3 mil brasileiros de sete regiões metropolitanas do país: São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Salvador, Belém, Porto Alegre e Distrito Federal. Os entrevistados –  49% de mulheres e 51% de homens – tinham entre 18 e 70 anos, com média de 35,5 anos.

Carmita observa que essa disparidade entre a expectativa e a realidade se dá por diferentes motivos de acordo com a faixa etária. Os jovens têm mais disponibilidade de tempo, muitos não têm um local adequado ou as condições econômicas necessárias.

Já os adultos em relações estáveis são acometidos pelo excesso de trabalho, preocupações com o orçamento doméstico e filhos pequenos. “E quando esses filhos crescem, o que atrapalha é que a mulher entra em climatério, onde a disponibilidade sexual é menor. Isso justifica inclusive que a frequência sexual do homem é maior do que a da mulher na média”, diz a especialista.

Segundo o estudo, os homens têm em média mais relações sexuais por semana do que as mulheres: 3,15 entre eles contra 2,65 entre elas. Quanto às expectativas, eles gostariam de ter em média 6,48 relações por semana e elas, 4,58. O estudo revelou ainda que 9% dos brasileiros entre 18 e 70 anos não fazem sexo: 7% das mulheres e 2% dos homens.

Número de parceiros

Os homens brasileiros têm mais parceiros sexuais do que as mulheres, de acordo com o estudo. Questionados sobre quantos parceiros tiveram nos últimos 12 meses, os homens relataram ter tido em média 2,12 parceiros. Já entre as mulheres, a média foi de 1,27.

Três vezes mais homens do que mulheres tiveram um número alto de parceiros no último ano: 2,9% fizeram sexo com cinco pessoas enquanto apenas 0,9% das mulheres tiveram esse mesmo número de parceiros.

“Mas não é porque trocam a parceria com mais frequência que eles não valorizam essas parcerias”, observa Carmita: 19,9% dos homens relataram ter tido mais de cinco parceiras “realmente importantes” ao longo de toda a vida. Entre as mulheres, apenas 8,2% afirmaram ter mais de cinco parceiros importantes.

Redação Saúde no Ar*

João Neto

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