De acordo com decisão final, o Tribunal de Apelações de San Francisco, nos Estados Unidos; a farmacêutica Bayer pague uma indenização de US$ 25 milhões (R$ 131 milhões, aproximadamente) a Edwin Hardeman, que desenvolveu câncer após fazer uso por mais de 30 anos de um herbicida da empresa que continha glifosato.
Com o caso, é a terceira vez que a multinacional alemã sofre uma condenação envolvendo o glifosato. O produto comercializado com a marca Roundup, oriundo da Monsanto.
Na decisão, o Tribunal concluiu que a Monsanto foi negligente ao não alertar os usuários do risco potencialmente cancerígeno do seu produto, que contém glifosato.
Por isso, o Tribunal rejeitou o argumento da Bayer de que processos como o de Hardeman “nunca deveriam ir a julgamento porque as leis federais de pesticidas proibiam (no passado) acusações desse tipo”.
O caso
O aposentado moradador da Califórnia de 71 que receberá a indenização da empresa; fez uso do herbicida Roundup entre os anos 1980 e 2012. Destinado aos cuidados do jardim de casa onde morava; contudo, ao longo deste período, ele desenvolveu câncer no sangue.
Desse modo, em 2019, júri havia decidido a Hardeman a indenização de US$ 80 milhões (cerca de R$ 419 milhões). No entanto, posteriormente, houve redução na multa.
A decisão do Tribunal contra a Bayer e a Monsanto afeta o veredito de um júri que, em 2018, decidiu que a fabricante do herbicida não alertou corretamente um jardineiro chamado Dewayne Johnson sobre o risco que o uso do Roundup representava à sua saúde.
O júri considerou que o contato com o herbicida foi “um fator substancial” para que o jardineiro desenvolvesse a doença.
Veja também: CPI da Covid em Resumo