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Trump sugere remoção dos palestinos da Faixa de Gaza

As recentes declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sugerindo a remoção dos palestinos da Faixa de Gaza para países vizinhos como Egito e Jordânia, com o objetivo de “limpar” a região, geraram ampla repercussão internacional. Trump mencionou que essa realocação poderia ser temporária ou permanente, visando proporcionar aos palestinos a oportunidade de “viver em paz para variar”. Ele afirmou ter discutido a ideia com o rei Abdullah II da Jordânia e planejava abordar o assunto com o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi.

A proposta foi recebida com forte oposição de líderes palestinos e de países árabes. O grupo Jihad Islâmica classificou a iniciativa como “deplorável” e acusou Trump de incentivar crimes de guerra. Bassem Naim, membro do escritório político do Hamas, afirmou que os palestinos resistirão a qualquer tentativa de deslocamento forçado, comparando a proposta aos eventos da “Nakba” de 1948, quando muitos palestinos foram deslocados durante a criação de Israel.

Tanto o Egito quanto a Jordânia rejeitaram a ideia, enfatizando a importância de manter os palestinos em suas terras natais. O presidente egípcio, al-Sisi, alertou que qualquer movimento para transferir palestinos para o Sinai poderia comprometer o tratado de paz de 1979 entre o Egito e Israel. A Jordânia, que já abriga um grande número de refugiados palestinos, também se opôs à proposta, citando preocupações de segurança e estabilidade regional.

A comunidade internacional expressou preocupações de que a proposta de Trump possa exacerbar as tensões no Oriente Médio, desestabilizar ainda mais a região e minar os esforços de paz em andamento. Críticos argumentam que a remoção forçada de populações constitui uma violação do direito internacional e pode ser vista como uma forma de limpeza étnica.

Enquanto alguns políticos de extrema direita em Israel apoiaram a ideia, a maioria da comunidade internacional condenou a proposta, destacando a necessidade de soluções que respeitem os direitos humanos e promovam uma paz duradoura entre israelenses e palestinos.

 

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