A recente postura do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em relação às tarifas comerciais tem gerado apreensão no cenário econômico brasileiro. Em declarações feitas em dezembro de 2024, Trump criticou as tarifas impostas pelo Brasil sobre produtos americanos, afirmando que os Estados Unidos poderiam adotar medidas recíprocas. Durante uma coletiva de imprensa em Mar-a-Lago, Trump destacou: “Se eles querem nos cobrar, tudo bem, mas vamos cobrar a mesma coisa”
Embora até o momento não tenham sido implementadas tarifas adicionais específicas contra o Brasil, as ameaças de Trump já impactaram o mercado cambial. No início de janeiro de 2025, o dólar atingiu patamares superiores a R$ 6, influenciado pelas incertezas quanto às políticas comerciais dos EUA
Contudo, a ausência de ações concretas e uma abordagem mais moderada por parte do governo americano contribuíram para uma leve apreciação do real. Em 22 de janeiro de 2025, o dólar operava em queda, sendo cotado abaixo de R$ 6
Especialistas apontam que, apesar de o Brasil não ter sido diretamente afetado pelas primeiras medidas tarifárias de Trump, o país deve permanecer atento. A imposição de tarifas sobre parceiros comerciais próximos, como México e Canadá, pode indiretamente influenciar a economia brasileira, afetando o comércio exterior e o câmbio.
Além disso, a volatilidade do dólar está atrelada não apenas às políticas americanas, mas também à situação fiscal interna do Brasil. Projeções indicam que o dólar pode alcançar R$ 6 até o final de 2025, dependendo de fatores como a deterioração fiscal e o cenário econômico global.
Em resumo, embora as ameaças tarifárias de Trump ainda não tenham se materializado em ações diretas contra o Brasil, elas já exercem influência sobre a cotação do dólar e a economia nacional. A continuidade dessa tendência dependerá das futuras decisões políticas dos Estados Unidos e da capacidade do Brasil em manter estabilidade fiscal e econômica.
