Em 4 de fevereiro de 2025, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem executiva retirando o país do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas (CDHNU) e mantendo a suspensão de fundos para a Agência da ONU de Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA).
Motivações para a Saída
A decisão reflete críticas de longa data do governo Trump ao CDHNU, acusando-o de parcialidade contra Israel e de incluir países com históricos questionáveis de direitos humanos entre seus membros. Em 2018, durante seu primeiro mandato, Trump já havia retirado os EUA do conselho, medida que foi revertida em 2021 pelo então presidente Joe Biden.
Possíveis Consequências Humanitárias
A saída dos EUA pode enfraquecer os esforços internacionais de monitoramento e combate a abusos de direitos humanos, especialmente em regiões que dependem de apoio e vigilância internacionais. A suspensão contínua de fundos para a UNRWA pode agravar a situação dos refugiados palestinos, afetando serviços essenciais como educação, saúde e assistência alimentar.
Desdobramentos Geopolíticos
Geopoliticamente, a retirada dos EUA pode criar vácuos de liderança em questões de direitos humanos, potencialmente sendo preenchidos por outras nações com agendas divergentes. Além disso, essa ação pode tensionar relações com aliados que valorizam o multilateralismo e a cooperação internacional em direitos humanos.
A decisão também ocorre em um contexto de críticas internacionais às políticas migratórias dos EUA, incluindo a separação de crianças imigrantes de seus pais na fronteira sul, o que pode intensificar o escrutínio global sobre o compromisso americano com os direitos humanos.
Em suma, a saída dos EUA do CDHNU representa um movimento significativo na política externa americana, com potenciais impactos profundos tanto em questões humanitárias quanto nas dinâmicas geopolíticas globais