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As festas juninas são caracterizadas pela diversidade de comidas típicas e variedade de fogos de artifícios, porém o uso desses artefatos pode causar sérios problemas, quando manuseados de maneira inadequada, podendo levar à cegueira.
Nas celebrações juninas, principalmente no interior, em destaque para Cruz das Almas e a famosa “guerra de espadas”, o índice de pessoas atingidas por espadas cresce a cada ano. Em 2015 no período das festas juninas foram registradas 426 ocorrências relacionadas a queimaduras por fogos de artifício e explosão de bombas, em onze hospitais estaduais.
Para atender a essa demanda, a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) reforça em 25% os plantões nas unidades de emergências como HGE e Hospital Regional de Santo de Jesus, que são referências na Bahia para tratamento de queimados.
Nessa época do ano é importante o cuidado com as brasas de fogueiras, fumaça, rojões e bombas que podem causar sérias lesões, mais especificamente na face e nos olhos. As pessoas que manipulam esses explosivos também devem ter cautela na hora de utiliza-los, escolhendo uma área apropriada para soltar os artefatos.
A queima de fogos, caso não sejam seguidas as instruções de manuseio corretamente, traz sérias consequências, indo desde a queimadura até mesmo à perda de membros. Medidas simples que são indicadas por bombeiros, como não soltar os fogos a menos de 50 metros de residências, da rede elétrica, de postos de combustíveis, veículos, escolas, hospitais, pessoas, produto inflamável ou explosivos e locais que impeçam a trajetória da bomba, como debaixo de marquises e lugares fechados, são normas preventivas que devem ser seguidas à risca para evitar problemas maiores.
Nas caixas de fogos juninos, comercializadas numa área reservada da Avenida Paralela em Salvador, as orientações sobre os cuidados no manejo de fogos vêm impressa, com definição de classificação de periculosidade que vai de A a D, e com instruções claras para o público, porém nem todas as instruções são seguidas corretamente, ocasionando graves acidentes principalmente em crianças.
Os oftalmologistas explicam que o principal risco é a queimadura que os fogos podem provocar. Um simples rojão que estoura acidentalmente próximo ao rosto, não causa apenas a queimadura no olho ou na face, mas pode provocar lesões e até hemorragia da retina pela força da explosão.
Em casos de acidentes, deverão ser aplicados alguns procedimentos de socorro imediato. “Infelizmente esta época do ano temos várias intercorrências que podem afetar os olhos, levando na maioria dos casos, a lesões irreversíveis. Devemos evitar lugares com muita fumaça que pode causar vermelhidão, ardência e coceira nos olhos. Em caso de acidente, recomenda-se lavar os olhos com água corrente limpa e se dirigir ao hospital especializado para que o oftalmologista avalie os procedimentos necessários”, esclarece a médica oftalmologista do Hospital Humberto Castro Lima, Dr.ª Dayse Cury.
Fonte: Dr.ª Dayse Cury – médica oftalmologista do Hospital Humberto Castro Lima
Redação Saúde no Ar*
Ana Paula Nobre