Envelhecimento e pobreza são principais fatores de risco para cegueira

O relatório “As Condições da Saúde Ocular no Brasil 2023”, do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), revela que pessoas de faixas etárias mais elevadas e com menor poder aquisitivo estão mais suscetíveis a cegueira ou baixa visão.

De acordo com o documento, uma radiografia do segmento no país, tomando como base estimativas mundiais da prevalência de doenças oftalmológicas, somadas a dados demográficos e socioeconômicos do Brasil. Dentre as principais causas de cegueira ou baixa visão incluem catarata, erros refrativos não corrigidos, glaucoma e degeneração macular relacionada à idade.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 2,2 bilhões de pessoas têm algum tipo de deficiência visual. Desses, pelo menos 1 bilhão têm deficiência visual moderada ou grave, ou cegueira que, segundo o conselho, poderia ter evitado, ou ainda não esta tratada.

Assim, segundo o relatório, a catarata e os erros de refração não corrigidos são as duas principais causas de deficiência visual reversível e representam 75% de todos os tipos de deficiência visual, sobretudo entre grupos etários mais altos.

Brasil

O CBO destaca que, assim como a idade, a pobreza também conduz à perpetuação de problemas de saúde, incluindo a saúde ocular. A estimativa é que o país tenha 1,5 milhão de pessoas cegas, 948,1 mil em grupos economicamente vulneráveis; 857 mil na chamada classe média; e 174 mil entre os com maior poder aquisitivo.

De acordo com o relatório, os efeitos econômicos da deficiência visual podem ser divididos em dois tipos: custos diretos gerados pelo tratamento das doenças oculares, incluindo serviços médicos, produtos farmacêuticos, pesquisa e administração; e custos indiretos relacionados à perda de ganhos e os gastos com recursos visuais, equipamentos, reformas em moradias, reabilitação, perda de receita fiscal, além da percepção de dor, sofrimento e morte prematura resultantes do problema visual.

Prevenção

Além disso, o documento aponta estratégias para reverter esse cenário; como:  conhecimento real a respeito da incidência e prevalência de dados da saúde ocular, algo classificado como “fundamental” para definição e planejamento de políticas públicas específicas.

Outro ponto considerado importante é conhecer o número de médicos oftalmologistas disponíveis para coordenar ações de prevenção, diagnóstico e tratamento de problemas oculares. O relatório ainda aponta a necessidade de ampliar o acesso a serviços oftalmológicos e monitorar o volume de procedimentos realizados.

 

 

 

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