O Planalto trabalha nos ajustes finais para aprovar a reforma previdenciária.
O presidente Michel Temer articula a reforma da Previdência Social com líderes da base aliada e representantes das centrais sindicais. De acordo com o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, o déficit fiscal da Previdência Social no ano de 2016 deve chegar ao valor de R$ 146 bilhões e, sem mudanças na forma de arrecadação ou liberações das aposentadorias e pensões, esse valor pode acumular déficit de R$ 180 bilhões até R$ 200 bilhões em 2017.
Por isso, desde que iniciou o seu governo em maio, ainda como interino, Michel Temer designou uma força tarefa especifica para discutir e articular os termos presentes no texto da proposta da reforma previdenciária. Com isso, Temer busca minimizar os impasses que a reforma previdenciária teria e consequentemente pode haver agilidade na votação na Câmara e Senado.
A proposta do Executivo é estabelecer a idade mínima de 65 anos para homens e mulheres se aposentarem, sendo que atualmente as mulheres podem pedir a aposentadoria com 30 anos de contribuição e os homens após 35 anos. Porém, para ter direito ao benefício integral será preciso atingir a fórmula 85 (mulheres) e 95 (homens), esse cálculo vem da soma da idade e do tempo de contribuição de cada um.
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Brasil tem aumento na expectativa de vida
A vida média dos brasileiros teve um leve aumento, passando de 75,2 em 2014 para 75,5 anos em 2015. Segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existe uma diferença de 8,4 anos entre a expectativa de vida em Santa Catarina (79 anos) e no Maranhão (70,6 anos), por exemplo. O Brasil apresenta melhor expectativa de vida na região Sul, com média de 77,8 anos e a pior do Norte, onde os brasileiros vivem cerca de 72,2 anos.
Com o aumento da expectativa de vida, a perspectiva é também de aumento no deficit fiscal da Previdência Social. A grande dificuldade para a finalização do texto da reforma na Previdência Social é a diferença entre as expectativas de vida para cada região do Brasil. Essa diferença está diretamente ligada a qualidade de vida, já que a expectativa aumenta com mais saúde, além de itens básicos como saneamento básico, melhor escolaridade, maiores condições financeiras, dentre outros fatores.
Plano de previdência privada cresce no Brasil
Diante de muitas incertezas e para ter aumento no valor da aposentadoria, uma solução é fazer um plano de previdência privada. Hoje mais de 12 milhões de brasileiros optaram pelo plano de previdência privada.
Apenas no primeiro semestre de 2016 foi possível identificar acumulo de R$ 52 bilhões nos planos de previdência privada. Esse número significa aumento de 13% a mais do que nos seis primeiros meses de 2015, segundo dados da FenaPrevi, Federação que representa 70 seguradoras e entidades abertas de previdência complementar no Brasil.
Redação Saúde no ar.
Fonte: Agência Brasil