A otorrinolaringologista Flávia Perrucho foi a entrevistada do programa Saúde no Ar desta terça-feira, no lugar do Dr. Otávio Marambaia, que não pôde comparecer.
Ela, que também é médica do Inooa, centro especializado no tratamento das doenças do ouvido, nariz e garganta, falou sobre a perda e a redução da audição e respondeu às perguntas dos ouvintes sobre diversos problemas.
Dra. Flávio explicou que cada parte do ouvido tem um papel importante no fornecimento de informações sonoras ao cérebro e que a perda auditiva é o resultado de danos a uma ou várias partes do ouvido externo, médio e interno.
A perda auditiva deve sempre ser diagnosticada por um profissional, como um fonoaudiólogo ou um otorrinolaringologista que testará a audição do paciente para determinar o tipo e grau da perda, resultados que serão ilustrados no audiograma.
Há quatro tipos de perda auditiva:
A primeira e mais comum é a perda auditiva sensorioneural que resulta da falta ou dano da célula sensorial (célula ciliada) na cóclea.A segunda é a perda auditivia condutiva que ocorre quando ocorre qualquer problema no ouvido externo ou médio que impede que o som seja conduzido adequadamente ao ouvido interno.A terceira é e perda auditiva mista, uma combinação da perda sensorioneural com a perda condutiva. Finalmente, a perda auditiva neural quando o nervo auditivo não consegue enviar sinais ao cérebro.
A perda pode acontecer por fatores genéticos, por doenças infecciosas da mãe, como rubéola e caxumba, durante a gestação, traumas e doenças como diabetes e hipertensão.
Segundo Flávia, a partir dos 40 anos a maior parte das pessoas começa a perder a acuidade auditiva, o que aumenta a partir dos 60 anos.
A redução da audição, também se dá por vários motivos como poluição sonora, excesso barulho, inclusive os provocados por som muito alto e fones de ouvido. Ela chamou a atenção para a necessidade dos pais fazerem o teste da orelhinha nas crianças, para que se detecte os problemas, caso existam. Acrescentou que o Inooa atende gratuitamente pessoas carentes, através do FOB- um centro de referência sem fins lucrativos, que funciona de segunda a sexta-feira no ambulatório do instituto, atendendo por hora marcada.
O Centro de Referência em Otorrinolaringologia funciona como formador de especialistas e, através de convênios, como área para treinamento de acadêmicos de medicina, fonoaudiologia, fisioterapia e enfermagem. O telefone é 3036.4884.
Portal Saúde no Ar
A.V.