A porta-voz da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Harris, afirmou que surtos de doenças dentro da Faixa de Gaza poderão matar mais do que os bombardeios lançados por Israel em resposta aos ataques do Hamas.
De acordo com ela, é preciso incrementar o envio de ajuda ao território, além de estender o período de trégua, em vigor desde sexta passada. Avaliação realizada nos abrigos da ONU em Gaza, na sexta-feira, primeiro dia da trégua, mostrou que os locais não tinham “remédios, vacinas, atividades, acesso a água limpa e higiene e alimentos”
“Eventualmente veremos mais pessoas morrendo de doenças do que de bombas se não conseguirmos remontar o sistema de saúde [de Gaza]”, disse.
No caso do sistema de saúde, organizações de defesa dos direitos humanos e autoridades palestinas afirmam que hospitais e clínicas atingidos pelos ataques de Israel, pondo as vidas de centenas de pessoas em risco. Segundo a ONU, apenas cinco hospitais operam de maneira parcial no Norte de Gaza, enquanto no Sul são oito, mas apenas um deles tem capacidade e recursos para realizar operações complexas e tratar casos mais graves.
Contudo, mesmo que o ritmo de entrada de ajuda em Gaza aumentou desde o início do cessar-fogo, Harris considera pouco diante dos desafios enfrentados pela população e pelas equipes que trabalham no terreno.
Foto: AFP