Física brasileira se torna membro da Academia Americana de Artes e Ciências

Física brasileira se torna membro da Academia Americana de Artes e Ciências

Ângela Vilela Olinto, cientista brasileira, formada em física pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e com doutorado na área pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts, se  tornou-se membro da Academia Americana de Artes e Ciências.

Albert Einstein e Charles Darwin faziam parte da mesma academia. A organização é encarregada de aconselhar o governo americano em assuntos relacionados à ciência e tecnologia. é professora da Universidade de Chicago desde 2006.

Ângela é conhecida por suas contribuições ao estudo da estrutura das estrelas de nêutrons, teoria inflacionária primordial, campos magnéticos cósmicos, a natureza da matéria escura e a origem dos raios cósmicos de maior energia, raios gama e neutrinos. Ela ensina na Universidade de Chicago desde 2006 e é a principal investigadora da missão espacial POEMMA (Probe Of Extreme Multi-Messenger Astrophysics) e do EUSO (Extreme Universe Space Observatory) em uma missão de balão de superpressão (SPB), e membro do Observatório Pierre Auger (um centro de colaboração científica entre 19 países), todos projetados para descobrir a origem das partículas cósmicas de mais alta energia, suas fontes e suas interações e também já trabalhou na Nasa.

Para ser aceita na Academia Americana de Artes e Ciências, Ângela passou por longo processo de análise que resultou em uma votação final feita pela academia, em abril deste ano.

Ela também passou a integra a Academia Nacional de Ciências, que elegeu 120 novos membros neste ano, sendo que, deste total, 59 são mulheres.

Existe uma fonte cósmica desconhecida e muito, mas muito distante, que envia partículas para a Terra. Essas partículas, conhecidas como “raios cósmicos ultra-energéticos”, são minúsculas e podem ser 10⁷ vezes mais energéticas do que grande parte das partículas energéticas produzidas artificialmente, como aquelas que são aceleradas no Grande Colisor de Hádrons, do laboratório Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (CERN).

Por enquanto, os principais “suspeitos” desse mistério cósmico são os buracos negros supermassivos presentes no coração das galáxias, junto de eventos explosivos que ocorrem nas estrela

Para mergulhar no mistério da origem das astropartículas, Ângela decidiu liderar um novo projeto espacial que possa preencher as lacunas que ficaram abertas tanto para os raios cósmicos quanto para os neutrinos ultra energéticos: “além das estrelas de nêutrons, as possíveis fontes das astropartículas incluem buracos negros supermassivos, galáxias com formação intensa de estrelas, estrelas dissociadas por buracos negros e colisões que produzem ondas gravitacionais”, diz.

JR

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