Falha na comunicação é responsável por 75% de erros médicos

Falha na comunicação é responsável por 75% de erros médicos

Diagnóstico-paciente

A relação médico-paciente coloca muitos desafios para os profissionais de saúde. Um deles é usar a linguagem técnica da medicina de uma forma acessível ao paciente. Outro é a questão do volume de informações disponível a respeito de doenças, que leva muitos pacientes a chegar a consultórios carregado de informações.

Essa situação exige dos profissionais de saúde uma mudança de postura, para que sua relação com o paciente seja de compreensão e esclarecimento.

Para falar sobre este assunto, Patrícia Tosta, do programa Saúde no Ar, convidou a enfermeira e especialista em segurança do paciente, Almerinda Luedy.

Almerinda ressalta a importância da comunicação em todos os setores da nossa vida, inclusive no que diz respeito a comunicação do paciente com os profissionais de saúde. “Na prestação do cuidado ao paciente, em que é preciso interação com ele para orientá-lo e prestar assistência, a comunicação é vital para a saúde. ”, enfatiza.

Erros em cirurgias, em procedimentos, na orientação durante consultas e no uso da medicação, “os estudos mostram que 75% de suas causas estão associadas a falha na comunicação, prejudicando o paciente. ”, informa Almerinda.

Quando o paciente não consegue compreender as orientações do médico, e leva para casa dúvidas ou alguma informação deturpada, isso certamente vai prejudicar seu tratamento. Mas, a falha na comunicação não ocorre apenas entre médico e paciente.

Segundo Almerinda Luedy, muitos são os casos em que a falta de comunicação entre o médico e sua equipe causaram erros grosseiros como, por exemplo, amputação de membro errado do paciente. Segundo ela, esse é apenas um exemplo de negligência de procedimentos básicos, no caso, a equipe deveria verificar qual membro deveria ser amputado.

A comunicação na área da saúde é um grande desafio. De acordo com Luedy, são muitas as barreiras, dentre elas, a falta de atenção ao ouvir o paciente. Para ela, mas do que ouvir o que diz o paciente, o médico precisa estar atento a expressão corporal, ao não verbal, que também é uma forma de comunicação. “Estudos mostram que a comunicação acontece 7% pelas palavras, 38% pela maneira de falar e 55% pelos gestos e expressões faciais. ”, relata.

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Ouça a entrevista completa de Almerinda Luedy, no áudio abaixo:

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