O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou a retirada de Cuba da lista de países patrocinadores do terrorismo, revertendo uma medida implementada durante o governo de Donald Trump em 2021. A decisão foi tomada nos últimos dias do mandato de Biden e está vinculada a um acordo mediado pelo Vaticano, no qual o governo cubano se comprometeu a libertar 553 prisioneiros, muitos deles detidos durante os protestos antigovernamentais de julho de 2021.
Possíveis Desfechos Militares e Solução de Conflitos
A remoção de Cuba da lista de patrocinadores do terrorismo pode ter implicações significativas nas relações militares e na resolução de conflitos na região. Com a retirada, Cuba poderá participar de programas de cooperação em segurança e defesa, anteriormente restritos devido às sanções. Isso pode facilitar o diálogo em questões como o combate ao narcotráfico e ao terrorismo regional, promovendo uma maior estabilidade no Caribe e na América Latina.
Repercussão Internacional e Geopolítica
A decisão de Biden gerou reações mistas no cenário internacional. Países latino-americanos, como o Brasil, expressaram satisfação com a medida, considerando-a um passo importante para o fortalecimento das relações hemisféricas e a eliminação de sanções econômicas que afetam o povo cubano.
Por outro lado, críticos internos e aliados, de Trump condenaram a decisão, argumentando que ela representa uma concessão a um regime autoritário sem garantias de reformas democráticas. Senadores como Marco Rubio e Ted Cruz manifestaram oposição, prevendo que o presidente eleito Donald Trump possa reverter a medida ao assumir o cargo.
No contexto geopolítico, a retirada de Cuba da lista pode influenciar as dinâmicas de poder na região, reduzindo a influência de países como Rússia e China, que têm estreitado laços com Havana nos últimos anos. Além disso, abre espaço para uma maior presença diplomática e econômica dos Estados Unidos na ilha, potencialmente promovendo mudanças graduais na política interna cubana.
A decisão de Joe Biden de retirar Cuba da lista de países patrocinadores do terrorismo marca um momento significativo nas relações entre os dois países. Embora abra oportunidades para cooperação e desenvolvimento, enfrenta desafios políticos internos e internacionais que determinarão seu impacto a longo prazo na geopolítica regional e na promoção de direitos humanos em Cuba.
Foto: JIM LO SCALZO / EFE / EPA


















