Dor de cabeça é o tipo de sintoma ocasionado por motivos diversos, alguns graves que fazem com que ela seja mais frequente e forte; outros pontuais que nos pegam de surpresa e incomodam nossa rotina.
De acordo com dados da Pesquisa Nacional de Saúde divulgados pelo IBGE em 2015, dor de cabeça é o quinto sintoma (4,7%) que mais faz com que brasileiros se afastem de suas atividades habituais, ficando atrás inclusive de diarreia, vômito e náuseas. Um dos desafios na hora em que essa dor aparece é identificar de onde ela vem. Às vezes a atrelamos a stress ou a uma noite mal dormida, mas você sabia que ela está relacionada à azia e má digestão?
Nem todo mundo sabe, mas a dor de cabeça sentida logo após uma refeição mais pesada e ao mesmo tempo em que estamos com algum desconforto gástrico nada mais é do que o reflexo da desregulação da comunicação bidirecional entre o trato gastrointestinal com os sistemas nervosos, entérico e central. Deixando os termos técnicos de lado, é a consequência do ruído na comunicação entre a digestão e a rede de neurônios que integra os sistemas digestivo e nervoso. O desequilíbrio desse contato acontece e a dor logo aparece.
“Esse fenômeno está relacionado diretamente à refeições pesadas e é mais comum após o consumo de determinados alimentos como café, chás, bebidas carbonatadas, chocolates e alimentos picantes, por exemplo. Por outro lado, ficar sem comer por muito tempo também pode ocasionar o mesmo efeito de dor. Geralmente os sintomas gastrointestinais estão presentes antes e junto com o aparecimento da dor de cabeça”, explica a Dra. Ana Santoro, Gerente Médica da GSK no Brasil.
Ainda de acordo com a médica, pessoas com gastrite, úlcera ou problemas recorrentes do estômago são mais suscetíveis a dores de cabeça desse tipo, mas ainda não há evidências de que a dor de cabeça possa se tornar algo mais sério com o passar do tempo. Porém qualquer sintoma que se torne persistente deve ser investigado por um médico. Uma das formas de combater o problema é utilizar medicamentos que contenham ácido acetilsalicílico.
Redação Saúde no Ar*
Ana Paula Nobre