Dia do Idoso é celebrado no Centro Social Urbano

Dia do Idoso é celebrado no Centro Social Urbano

“Eu sou é feliz minha filha”. Mesmo uma pessoa desatenta notaria a veracidade da frase dita por seu Adelino Vasconcelos. Bastava um olhar, para comprovar que seus 92 anos foram bem vividos. Dono de um sorriso largo e de uma memória afiada, o senhor franzino segurava a mão da companheira de 62 anos, dona Crispiniana do Bonfim. “Ela é tudo para mim”, declarou-se beijando a mão da mãe seus dois filhos. E ela sorriu, talvez com a mesma graça que destinou para ele quando o viu pela primeira vez. Assim como seu Adelino e dona Crispiniana, outros 198 vovôs e vovós, cheios de vida, frequentam o Centro Social Urbano (CSU), de Mussurunga, e hoje (01), no Dia do Idoso, todos estavam reunidos para celebrar a vida na melhor idade.

O evento, em parceria com o Saúde no Ar e com a Liga Acadêmica de Geriatria e Gerontologia da Bahia, ofereceu um dia de muita diversão para os idosos. Na ocasião, eles participaram de uma aula de dança de salão, realizaram apresentação de samba de roda e aproveitaram para deixar a dieta de lado. Como o dia era de festa, o cardápio também foi festivo: caruru.

O grupo de idosos que frequenta o CSU, se reúne todas as segundas, pela manhã, terças e quintas. Todo encontro é marcado por sorrisos, diversão e muita conversa. O centro funciona há 26 anos e oferece aulas de ginástica, artesanato, informática, além de palestra e passeios. “Nosso objetivo é mostrar para eles que a vida na terceira idade pode ser produtiva e feliz. Eles chegam aqui e descobrem que podem dançar, estudar e ser muito mais saudáveis”, destacou Maria Sirley Almeida, coordenadora técnica do grupo de idosos do centro.

Depois que começou a frequentar a instituição, a sorridente Jacira Silva dos Santos, 65 anos, descobriu que poderia aproveitar muito melhor a sua vida. “Comecei a me divertir, cantar e viver mais alegre”, afirma. Quem a vê, nem imagina que ela já passou dos 60. Os cabelos brancos foram cobertos com tinta, não por vergonha da cor dos fios, mas por vaidade mesmo. Aliás, o cuidado com a aparência pode ser notado em cada detalhe: unhas pintadas de vermelho, brinco, colar, anéis, batom rosa e lápis de olho. “O básico, só para sair bonita (risos)”, destaca.

Porém, dona Jacira não é a única vaidosa do grupo. As ‘meninas’ fazem questão de saírem bem arrumadas principalmente em dias de festa, como o de hoje (01). Depois da entrevista, a repórter foi chamada de lado pela aposentada Maria José Cerqueira, 66 anos. “Eu adorei a cor de seu batom (risos). Eu tinha um igual, mas minha filha pegou e nunca mais me devolveu. Vou comprar outro para ficar bonita assim como você (risos)”, relatou. E, eu caro leitor, agradeci o elogio, desejando chegar aos 66 anos com a mesma beleza de dona Maria.

Então perguntei a ela o segredo da longevidade e com um sorriso no rosto ela respondeu: “Praticar exercícios, comer bem e ter bom humor”, enfatizou, sem pensar duas vezes. Fica a dica para quem quer chegar a terceira idade com muita disposição.

 

Ana Paula Lima

 

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